11.4 C
Nova Iorque
18.2 C
São Paulo
segunda-feira, novembro 24, 2025
spot_img

O banco que obrigou o FGC a fazer um dos maiores resgates

Você vai acompanhar a liquidação do Banco Master e por que ela virou o maior resgate acionado pelo FGC na história recente. O caso superou o rombo famoso do Bamerindus e envolve prisão de dirigentes e indícios de fraude.

Isso mexe com seus depósitos e com a confiança no sistema financeiro. O texto explica com clareza o que aconteceu e o que muda para você.

Liquidação do Banco Master vira o maior resgate da história do FGC

Você precisa saber: em 18 de novembro de 2025 o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, acionando o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para um dos maiores pagamentos já registrados. Relatórios e autoridades indicam que o banco tinha cerca de R$ 60 bilhões em depósitos elegíveis e que o FGC deverá desembolsar aproximadamente R$ 41 bilhões para cumprir as garantias.

O que motivou a liquidação

Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontam irregularidades graves. Relatórios sugerem que o banco vendeu ao Banco de Brasília (BRB) cerca de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito que, segundo as apurações, não existiam. Também foram identificados documentos falsificados apresentados ao Banco Central. Durante a operação policial, foi preso o principal executivo do grupo, Daniel Vorcaro. A cronologia das ações regulatórias e das alegações de irregularidade pode ser acompanhada na cobertura que detalha a liquidação por grave crise de liquidez.

Perfil e situação recente do banco

O Banco Master nasceu em 1970 com o nome Banco Máxima. Passou por mudança de marca e de direção em 2018. Agências de risco lhe atribuíram classificações baixas nos últimos anos, e o banco divulgou lucro e patrimônio positivo no primeiro semestre de 2024. Mesmo assim, as investigações revelaram fragilidades que culminaram na intervenção do regulador. Entre as tentativas de capitalização anteriores, o BC chegou a aprovar medidas como a capitalização aprovada para o Master, que não evitou o agravamento da crise.

Impacto no FGC e no sistema financeiro

O FGC é uma entidade privada criada para proteger depositantes e preservar a estabilidade financeira. Ele garante valores aplicados em produtos elegíveis até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ (Informações sobre garantia e limites do FGC). As contribuições dos bancos ao fundo são pequenas na alíquota individual (cerca de 0,0125% sobre saldos cobertos), mas o tamanho do resgate do Master pode pressionar a recomposição do fundo. Movimentos recentes de poupança e liquidez mostram como fluxos de depósitos podem se intensificar em momentos de crise — por exemplo, sinais de saques relevantes na poupança já vinham sendo observados em outras frentes, como quando os saques na poupança bateram R$ 15 bilhões.
Analistas afirmam não haver indicação de risco sistêmico imediato, porque o Master não tinha ligações financeiras amplas com outras instituições. Ainda assim, o custo do resgate deve repercutir entre bancos no médio prazo, e o Banco Central tem usado operações de mercado para ajustar liquidez quando necessário — incluindo vendas em leilões como as de US$ 1 bilhão em leilões. Além disso, órgãos reguladores buscam fechar brechas de proteção ao consumidor e a grupos vulneráveis.

Comparação histórica: o caso Bamerindus

O Bamerindus foi um grande caso nos anos 1990: má gestão e perdas levaram à intervenção do Banco Central. À época, o rombo identificado levou o FGC a pagar cerca de R$ 3,7 bilhões — valor que, corrigido, equivaleria a aproximadamente R$ 20 bilhões hoje. Parte das operações do Bamerindus foi vendida ao HSBC em 1998; a liquidação da parte ruim se estendeu por muitos anos e só foi encerrada em 2014. Em termos nominais, o resgate do Master supera esse marco histórico.

Conclusão

A liquidação do Banco Master se tornou o maior resgate acionado pelo FGC na história recente. O desembolso estimado de R$ 41 bilhões, as suspeitas de fraude e a atuação do Banco Central — com prisões e documentos falsificados — não são apenas manchete; são um choque que abala a confiança no sistema financeiro. Autoridades políticas também comentaram o caso, com pedidos de processos robustos após a prisão do controlador, como registrado na reação pública que evitou posicionamentos firmes sobre o episódio (declarações sobre o caso Master). Para você, o essencial é direto: o FGC protege depósitos até R$ 250 mil, então muitos poupadores continuam resguardados, mas o tamanho do resgate pressiona a recomposição do fundo e eleva custos para o mercado.

Perguntas frequentes

O que causou o rombo do Bamerindus que obrigou o FGC a agir?

Má gestão, dívidas altas, perdas após mudanças econômicas e patrimônio negativo levaram à intervenção do Banco Central.

Quanto o FGC pagou no resgate do Bamerindus e quanto isso vale hoje?

Na época foram R$ 3,7 bilhões; hoje isso equivale a cerca de R$ 20 bilhões corrigidos.

Por que o jingle da Poupança Bamerindus ficou tão famoso?

Era simples, veiculado nacionalmente e ficou na memória do público.

Como o caso do Banco Master superou o Bamerindus em tamanho?

O Master tinha muito mais depósitos cobertos; estima-se que o FGC precise desembolsar cerca de R$ 41 bilhões. Investigações apontaram fraude em carteiras de crédito.

O que esses grandes resgates significam para o sistema financeiro?

Protegem poupadores até o limite do FGC, aumentam pressão sobre o fundo e mostram necessidade de supervisão e controles mais rigorosos.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.