Você precisa entender o que muda com a decisão do Banco Central de colocar o Banco Master em liquidação extrajudicial. Suas contas e aplicações foram bloqueadas.
O FGC entra para cobrir valores dentro do limite. Um liquidante assume a gestão e inicia o inventário, haverá venda de ativos e pagamento gradual dos credores.
O processo pode levar anos e nem todas as aplicações são garantidas. Saiba como isso afeta seus recursos e quais passos vêm a seguir.
BC decreta liquidação do Banco Master; entenda o que muda para você
O Banco Central (BC) determinou a liquidação extrajudicial do Banco Master. Todas as contas e operações foram bloqueadas e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) foi acionado. Você agora entra em um processo que pode durar anos até o fechamento definitivo da instituição. Para detalhes e evolução do caso, acompanhe a cobertura sobre a liquidação do Banco Master e as decisões do BC.
O que mudou imediatamente para você
Você não pode sacar, transferir ou movimentar valores nas contas do banco — o bloqueio é imediato. O FGC indeniza clientes com saldos de até R$ 250 mil por pessoa ou empresa em cada instituição. Pagamentos do FGC tendem a começar entre 10 e 20 dias, dependendo da checagem dos saldos.
Se você tinha mais de R$ 250 mil ou aplicações não cobertas pelo FGC (como ações ou alguns fundos), vira credor da massa liquidada e receberá conforme o liquidante consiga vender ativos do banco.
Enquanto aguarda, confira seu extrato e organize comprovantes com calma — um bom passo é seguir um roteiro para entender seu extrato sem pânico e adotar práticas para se proteger de fraudes digitais, já que movimentações atípicas podem ocorrer nesse período. Se houver tentativas de débitos indevidos, verifique as ferramentas de contestação, como o novo botão de contestação no PIX.
Etapas do processo
O BC nomeou um liquidante para assumir o controle do banco, substituindo a antiga diretoria e fazendo o inventário de bens e dívidas. Lei que regula intervenção e liquidação bancária Essa fase inicial costuma durar 60 a 90 dias.
Após o inventário, o liquidante começa a vender ativos do banco — carteiras de crédito, imóveis, participações e títulos. Essa etapa pode levar anos, dependendo do interesse do mercado e da complexidade dos ativos. O dinheiro obtido com as vendas é usado para pagar os credores de forma gradual. Disputas judiciais podem atrasar o processo.
Ordem de pagamentos
A lei estabelece prioridades: primeiro vêm os créditos trabalhistas (salários e verbas rescisórias); em seguida, os credores com garantias reais (empréstimos com garantia). Depois, o FGC é ressarcido pelo que pagou aos clientes. Em seguida entram os credores quirografários (sem garantia), como fornecedores e clientes com valores acima de R$ 250 mil. Os acionistas só recebem se ainda houver recursos sobrando, o que é raro. Ordem e prioridades de pagamentos na liquidação
Se você tem empréstimos consignados ou outras operações que envolvem portabilidade, vale acompanhar regras específicas sobre portabilidade e consignados, pois direitos e prioridades podem variar conforme a natureza do crédito.
Regime especial e possíveis desdobramentos
O Banco Master Múltiplo foi colocado em Regime de Administração Especial Temporária (RAET), no qual o BC assume a gestão por até 180 dias, com possibilidade de prorrogação. Durante o RAET, o BC tenta reorganizar operações ou encontrar comprador. Comunicados e medidas do Banco Central Houve tentativas e medidas para injeção de recursos antes da liquidação, incluindo propostas de capitalização e aportes recentes, mas, se não houver solução, pode ocorrer a liquidação. Se não houver patrimônio suficiente para pagar credores ao final da liquidação, o BC poderá encaminhar o caso à Justiça para declaração de falência.
Conclusão
Na prática, suas contas foram bloqueadas e o FGC é a primeira linha de proteção para valores até R$ 250 mil, com pagamentos que costumam começar em 10–20 dias. Qualquer quantia acima desse limite vira crédito contra a massa da liquidação e será paga conforme a venda de ativos e o resultado do processo, que pode levar meses ou anos.
Acompanhe as comunicações oficiais, guarde comprovantes e saldos, e avalie opções legais caso tenha valores acima do limite. Mantenha-se atento à transparência do liquidante e aos prazos. Para se proteger financeiramente enquanto aguarda desdobramentos, considere montar ou reforçar sua reserva de emergência com orientações práticas sobre como montar sua reserva de emergência e adote medidas para prevenção contra fraudes digitais. Para acompanhar desdobramentos e análises jornalísticas, consulte também a cobertura sobre a liquidação do Banco Master.
Perguntas frequentes
O que significa o bloqueio da minha conta?
Suas contas e aplicações foram congeladas. Você não pode sacar, transferir ou movimentar valores até a decisão do liquidante ou do FGC.
Vou receber até R$ 250 mil do FGC? Quando?
Sim. O FGC cobre até R$ 250.000 por pessoa/empresa por instituição. Os pagamentos geralmente começam entre 10 e 20 dias após a liquidação, após conferência dos saldos.
E se eu tiver mais de R$ 250 mil no banco?
O valor acima vira crédito na massa da liquidação. Você passa a ser credor e recebe somente quando o liquidante vender ativos e houver recursos, o que pode levar anos.
Meus investimentos estão cobertos pelo FGC?
Depósitos elegíveis (conta corrente, poupança e alguns investimentos de renda fixa) costumam ser cobertos. Ações, fundos de investimento, previdência privada e alguns títulos específicos podem não ser cobertos; entenda melhor a diferença entre modalidades de renda fixa e seus riscos.
Quanto tempo leva até o banco ser encerrado de vez?
O inventário inicial dura 60–90 dias. A venda de ativos e o pagamento de credores podem levar anos. O BC pode gerir por até 180 dias (RAET) e a falência só ocorre após relatório final, se faltar patrimônio.
Onde posso acompanhar mais informações e atualizações?
Acompanhe comunicados do Banco Central, do próprio FGC e reportagens como a cobertura sobre a liquidação do Banco Master disponibilizada pela imprensa especializada.









