A OCDE revisou para cima as projeções do PIB dos Estados Unidos para 2025 e 2026, mas destacou que a economia americana deve perder ritmo nos próximos anos. A análise foi divulgada em novo relatório e repercutida pelo InfoMoney.
Segundo a organização, embora o crescimento siga mais forte do que o esperado anteriormente, a desaceleração é inevitável diante de juros elevados e menor tração da demanda.
O que a OCDE revisou nas projeções de crescimento?
A OCDE aumentou as estimativas para o PIB dos EUA, refletindo um cenário mais resiliente:
- PIB de 2025: previsão revisada para cima, indicando maior expansão do que no relatório anterior;
- PIB de 2026: projeção também ajustada positivamente, mas com ritmo inferior ao deste ano.
Os EUA permanecem como locomotiva econômica global, mas já dão sinais de moderação, especialmente no consumo e na produção industrial.
Por que a economia dos EUA deve perder fôlego?
Apesar da revisão positiva, a OCDE aponta fatores que tendem a limitar o crescimento:
- Juros altos por período prolongado;
- Inflação ainda distante da meta, exigindo política monetária mais firme;
- Arrefecimento do mercado de trabalho, com menores ganhos salariais;
- Redução no ritmo de investimentos.
Além disso, o consumo das famílias, que foi o principal motor da recuperação pós-pandemia, mostra sinais de menor impulso.
Impactos para mercados globais e para o Brasil
A revisão da OCDE ajuda a sustentar o otimismo global no curto prazo, mas o alerta para desaceleração exige cautela dos investidores. Isso porque:
- A economia dos EUA influencia diretamente o fluxo de capitais internacionais;
- Um ritmo menor pode afetar commodities, inclusive produtos exportados pelo Brasil;
- Decisões do Federal Reserve ganham ainda mais peso no cenário futuro.
Portanto, mesmo com projeções mais favoráveis, o comportamento da economia americana continuará sendo um dos principais determinantes do humor dos mercados.
O que acompanhar daqui para frente?
A OCDE destaca alguns indicadores que devem ser monitorados:
- evolução da inflação;
- comportamento do mercado de trabalho;
- decisões de juros do Federal Reserve;
- dados de consumo, crédito e investimentos.
Assim, o caminho da economia dos EUA dependerá do equilíbrio entre demanda interna, política monetária e estabilidade global.
Conclusão: crescimento revisado, mas com alerta ligado
A elevação das projeções da OCDE reforça a força da economia americana, mas o tom de alerta permanece: o país tende a crescer mais devagar a partir de 2025. Ainda assim, os EUA seguem como referência para o ciclo global e continuam exercendo forte influência sobre mercados e decisões de política monetária.
Para acompanhar as próximas análises sobre economia internacional, continue lendo o Brasilvest.
Perguntas frequentes (FAQ)
A OCDE revisou a previsão do PIB dos EUA para cima?
Sim. A organização aumentou as estimativas de crescimento para 2025 e 2026, conforme relatado pelo InfoMoney.
Por que a OCDE vê perda de fôlego na economia americana?
Por causa dos juros altos, da inflação persistente e do arrefecimento do mercado de trabalho.
A economia dos EUA ainda é a mais forte do mundo?
Sim. Os EUA continuam liderando o crescimento global, embora com expectativa de desaceleração.
Como isso afeta o Brasil?
Impacta commodities, fluxo de capitais e decisões de política monetária no exterior, influenciando a economia brasileira.
O Federal Reserve pode cortar juros com essa perspectiva?
A desaceleração abre espaço, mas a inflação ainda guia as decisões do Fed.
Quais indicadores devem ser monitorados?
Inflação, mercado de trabalho, consumo, crédito e investimentos.









