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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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OpenSea deixa de ser “galeria digital fracassada” e se consolida como plataforma de negociação cripto

Transformação estratégica transformou modelo em crise em uma operação diversificada em 22 blockchains

A OpenSea, que no auge era vista como principal galeria digital para NFTs, enfrentou queda brusca em receita após a derrocada do mercado de colecionáveis digitais. Só em outubro de 2023, sua receita despencou de US$ 125 milhões para US$ 3 milhões. Segundo reportagem do Money Times, aquele foi o ponto de virada que forçou a empresa a reinventar seu posicionamento.

Da queda ao reposicionamento

Com o mercado de NFTs sofrendo queda superior a 80% desde meados de 2022, a OpenSea precisou agir para sobreviver. Seu cofundador e CEO, Devin Finzer, delimitou uma nova meta: transformar a empresa num “balcão único” de negociação de criptomoedas em múltiplas blockchains — até 22 redes, segundo o mesmo veículo. A estratégia também incluiu enxugamento de equipe: de 175 colaboradores para menos de 70 nos últimos três anos.

Internamente, a esposa de Finzer, Yu-Chi Lyra Kuo, aparece como figura-chave no redesenho da plataforma. Em declarações à imprensa, ele a citou como “cofundadora oculta” da transição para a OpenSea 2.0.

Resultados recentes e tração

A mudança parece ter dado certo. Nas primeiras duas semanas de outubro de 2025, a OpenSea movimentou US$ 1,6 bilhão em criptoativos e US$ 230 milhões em transações de NFT, segundo o Money Times. Com taxa de cobrança de 0,9% sobre cada transação, isso gerou cerca de US$ 16 milhões em receita nesse período, tornando outubro um dos melhores meses da empresa nos últimos três anos.

Além disso, a plataforma adotou mecanismos para captar volume e diversificação: a cobrança de royalties e taxas foi ajustada, e a competição com rivais como Blur — que oferecia taxa zero — forçou inovações no modelo de negócio.

Riscos e sustentação futura

Apesar do bom momento, o ambiente cripto é altamente competitivo. A OpenSea enfrenta marcas com forte capitalização, novas exchanges descentralizadas e riscos regulatórios crescentes em vários países. A plataforma precisará provar que sua base de usuários se sustenta sobre valor agregado real — não apenas pela marca que foi líder no boom dos NFTs.

Outra vulnerabilidade: a falta de reconhecimento tradicional como casa de câmbio pode frear a adoção geral de criptoativos na base de usuários mainstream. A empresa aposta em avanços regulatórios e novas funcionalidades para expandir sua penetração.

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