Rede farmacêutica aposta em digitalização e eficiência operacional para manter crescimento em meio a juros altos
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news
A Pague Menos (PGMN3) reportou crescimento de 50% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025 (3T25), impulsionado por ganhos de eficiência, expansão do canal digital e sinergias da integração com a Extrafarma. Em entrevista ao Money Times, o CFO Luiz Novais destacou que a companhia manteve rentabilidade e crescimento mesmo em um ambiente de juros elevados e consumo seletivo.
Lucro, vendas e eficiência operacional
O trimestre foi marcado por aumento nas vendas em mesmas lojas (SSS), além de expansão em regiões estratégicas como Sul e Sudeste, onde a marca ainda tem participação menor. Segundo Novais, o foco da empresa é manter o ritmo de crescimento com produtividade de loja e avanço do e-commerce, que já representa cerca de 20% das vendas em mercados mais maduros.
O executivo ressaltou que a integração da Extrafarma segue gerando ganhos operacionais, com R$ 260 milhões em Ebitda adicional desde a aquisição. “O investimento foi bem justo, e ainda há espaço para melhorar o ticket médio e a eficiência por loja”, afirmou ao Money Times.
Foco em margens e controle de endividamento
Apesar da pressão de custos e do cenário de Selic em 15% ao ano, a Pague Menos manteve margens saudáveis e disciplina financeira. O endividamento líquido está em torno de 2,5 vezes o Ebitda, e o plano é reduzir a alavancagem para abaixo de 2x até 2026.
O CFO enfatizou que o setor farmacêutico é resiliente frente à inflação, pois medicamentos são itens de demanda inelástica — ou seja, com pouca redução mesmo em períodos de desaceleração econômica.
Estratégia para 2026 e crescimento sustentável
De acordo com Novais, o plano estratégico para 2026 combina crescimento orgânico e expansão digital, com abertura moderada de 50 novas lojas nos próximos dois anos. A companhia pretende consolidar presença nas regiões Norte e Nordeste, onde já é líder de mercado, e avançar sobre praças do Sul e Sudeste.
Além disso, a Pague Menos aposta na digitalização do atendimento e na personalização de ofertas, aproveitando o aumento da longevidade e do consumo de produtos de saúde. Segundo o executivo, mais de 1,5 milhão de brasileiros entram na faixa etária acima dos 50 anos por ano, grupo que consome até quatro vezes mais medicamentos do que a média populacional.
Desafios e perspectivas
O desafio para os próximos trimestres será manter o ritmo de crescimento com fluxo de caixa positivo e gestão de custos rígida. A empresa segue investindo em tecnologia, CRM e logística para sustentar margens.
Com os resultados do 3T25, a Pague Menos reforça sua posição como uma das principais varejistas farmacêuticas do país, aliando escala, rentabilidade e execução consistente em um setor competitivo e em expansão.








