A Ipsos lançou o Monitor do Custo de Vida 2025, uma pesquisa global que mapeia como as pessoas em 30 países percebem sua situação financeira em um contexto de inflação persistente, juros altos e desafios econômicos.
O estudo revela pressões no orçamento familiar, mas também sinais de otimismo — com muitos brasileiros acreditando em melhora futura, mesmo diante de dificuldades agora.
Situação atual: custo de vida ainda pesa no bolso dos brasileiros
Segundo a pesquisa, a percepção do custo de vida no Brasil é marcada por desafios concretos:
- 35% dos brasileiros afirmam estar em situação financeira “difícil ou muito difícil”, índice acima da média global (27%).
- Enquanto isso, 8% dizem viver confortavelmente, 26% estão “ok” e 28% “se virando como podem” no orçamento diário.
O estudo mostra que, mesmo com a inflação caindo em muitos países, os preços continuam pressionando famílias e empresas — especialmente em itens essenciais como alimentação, energia, habitação e transporte.
Inflação, juros e contas do dia a dia: o que mais pesa
Os brasileiros também apontam fatores específicos que tornam a vida mais cara:
- 79% consideram as taxas de juros altas como o principal fator que encarece o custo de vida no país.
- 73% dizem que o estado da economia global influencia os preços, e 72% mencionam políticas do governo como responsáveis pela pressão no orçamento.
Mesmo assim, a percepção da inflação como problema é um pouco menor no Brasil do que na média global (65% vs. 68%), o que indica que, apesar das dificuldades, os brasileiros podem estar sentindo alguma melhora gradual no ritmo de alta dos preços.
Uma mistura de pessimismo hoje e otimismo para o futuro
O Monitor do Custo de Vida 2025 revela uma combinação curiosa de sentimento na população brasileira:
- 35% acreditam que sua renda vai aumentar no próximo ano, acima da média mundial (29%).
- 39% esperam melhora no padrão de vida, também acima da média global de 30%.
Isso coloca o Brasil entre os países mais optimistas em relação ao futuro financeiro, apesar de reconhecer os desafios imediatos no presente.
Brasil em contexto global: desafios compartilhado
A pesquisa mostra que, globalmente, muitas pessoas ainda sentem os efeitos das crises econômicas recentes:
- Em média pelos 30 países analisados, apenas 37% dizem estar vivendo “confortavelmente ou bem”.
- 32% afirmam estar apenas “se virando” e cerca de 27% estão com dificuldades financeiras severas.
Ou seja, a sensação de pressão no custo de vida não é exclusiva do Brasil — é uma tendência global que ainda influencia decisões de consumo, poupança e confiança no futuro.
Conclusão: realidades duras, mas esperança no amanhã
O Monitor do Custo de Vida 2025 da Ipsos pinta um retrato claro: o custo de vida ainda aperta muitos brasileiros, com inflação, juros e contas altas drenando o orçamento. Mas, ao mesmo tempo, a população demonstra confiança no crescimento de renda e na melhora das condições de vida em 2026 — um sinal de que expectativas positivas podem impulsionar decisões econômicas e de consumo no curto e médio prazo.
Acompanhe no Brasilvest as análises econômicas completas sobre custo de vida, inflação, juros e como esses fatores impactam sua vida financeira.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é o Monitor do Custo de Vida 2025 da Ipsos?
É uma pesquisa global realizada em 30 países que mostra como as pessoas percebem sua situação financeira em meio a desafios como inflação e juros elevados.
Os brasileiros estão passando mais dificuldades que outros países?
Sim. No Brasil, 35% dizem estar em situação financeira difícil, acima da média global de 27%.
O que preocupa mais os brasileiros no custo de vida?
As taxas de juros altas, o estado da economia global e as políticas públicas são apontadas como principais fatores que aumentam o custo de vida.
Existe algum sinal positivo na pesquisa?
Sim. Muitos brasileiros acreditam que sua renda vai aumentar e que o padrão de vida pode melhorar no próximo ano.
Como o custo de vida no Brasil se compara com outros países?
Apesar dos desafios, a percepção de inflação no Brasil é levemente menor que a média global, mesmo que outros custos também sejam sentidos no orçamento.
Esses dados influenciam decisões de consumo e política?
Sim — a visão dos cidadãos sobre inflação, renda e desemprego pode influenciar expectativas econômicas e até decisões de política pública.









