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domingo, dezembro 28, 2025
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PF apreende R$ 430 mil e mira líderes do PL em escândalo

A manhã da última sexta-feira começou tensa em Brasília e no Rio de Janeiro. A Polícia Federal deflagrou uma operação que colocou no centro do noticiário dois nomes fortes do PL: Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos deputados federais e aliados diretos do ex-presidente Jair Bolsonaro. O que mais chamou atenção foi a apreensão de cerca de R$ 430 mil em dinheiro vivo, encontrada em um endereço ligado a Sóstenes, atual líder do partido na Câmara.

A ação, autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF, aprofunda investigações sobre desvio de recursos da cota parlamentar, um tema que volta a expor o uso de dinheiro público no Congresso.

O que a Polícia Federal está investigando agora?

Segundo a PF, a operação — batizada de Galho Fraco — busca esclarecer um esquema que envolveria agentes políticos, assessores e empresas privadas. O foco está na suspeita de desvio e ocultação de verba pública, usando contratos que, no papel, pareciam legais.

A investigação aponta que uma empresa de locação de veículos teria continuado recebendo pagamentos da Câmara mesmo após ser dissolvida de forma irregular. Esses gastos eram reembolsados como despesas do mandato, por meio da cota parlamentar.

Como funcionaria o suposto esquema da cota parlamentar?

A cota parlamentar é um recurso mensal destinado a despesas do mandato, como aluguel de carros, passagens aéreas e escritórios regionais. O problema começa quando esse dinheiro, em vez de cumprir sua função, passa a circular em esquemas suspeitos.

De acordo com os autos, a empresa investigada teria ligação direta com assessores dos deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, o que levantou a suspeita de que o dinheiro público estaria retornando aos próprios envolvidos, criando um caminho oculto do dinheiro.

O que diz a Procuradoria-Geral da República?

A PGR foi direta ao afirmar que há indícios de conluio entre assessores dos dois parlamentares. Conversas analisadas pela PF indicariam uma atuação coordenada para dar aparência de legalidade aos contratos investigados.

Ainda segundo a Procuradoria, a empresa usada no esquema seria, na prática, controlada por um dos assessores, com apoio de familiares, justamente para captar recursos da Câmara dos Deputados.

O dinheiro apreendido muda o rumo do caso?

A apreensão de R$ 430 mil em espécie deu um peso extra à operação. Dinheiro vivo, nesse volume, costuma acender alertas imediatos em investigações de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, crimes que agora fazem parte do inquérito.

Apesar disso, a operação não ocorreu dentro dos gabinetes parlamentares, o que não impede o avanço das investigações nem futuras medidas mais duras.

Como reagiram Sóstenes e Jordy?

Até o momento, Sóstenes Cavalcante não se pronunciou oficialmente. Já Carlos Jordy reagiu nas redes sociais, chamando a ação da PF de “covarde”. Ele afirma que a empresa investigada é a mesma utilizada desde o início de seus mandatos e nega qualquer irregularidade.

Mesmo com a defesa pública, o caso segue em apuração e pode ter novos desdobramentos nos próximos dias.

Por que essa operação preocupa o Congresso?

Essa é a segunda ação autorizada por Flávio Dino contra parlamentares na mesma semana, o que aumenta a pressão sobre o Congresso e reforça o clima de desconfiança em torno do uso de recursos públicos.

O episódio reacende um debate sensível: até onde vai o controle sobre o dinheiro do contribuinte usado nos mandatos? E, principalmente, quem fiscaliza de forma efetiva?

O que pode acontecer agora?

Com documentos, dinheiro apreendido e diálogos analisados, a tendência é que a investigação avance para novas fases. Caso as suspeitas se confirmem, os envolvidos podem responder por crimes graves, com impacto direto em seus mandatos e no cenário político nacional.

Para acompanhar cada atualização, análises exclusivas e bastidores que fazem diferença, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é a cota parlamentar?

É um valor mensal pago aos deputados para cobrir despesas do mandato, como transporte, aluguel de veículos e escritórios.

Quanto dinheiro foi apreendido pela PF?

A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 430 mil em dinheiro vivo em um endereço ligado a Sóstenes Cavalcante.

Quais crimes estão sendo investigados?

A apuração envolve suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Os deputados já foram condenados?

Não. Trata-se de uma investigação em andamento. Até agora, não há condenação judicial.

A operação atingiu os gabinetes no Congresso?

Não. Os mandados foram cumpridos em endereços no DF e no RJ, fora dos gabinetes parlamentares.

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