O debate sobre o futuro da escala 6×1 ganhou força em Brasília após o relator de um projeto de lei apresentar um texto que funciona como contraponto direto à PEC que propõe o fim desse modelo.
Segundo reportagem do InfoMoney, o novo PL reacende a disputa entre setores produtivos, centrais sindicais e governo federal sobre como modernizar a legislação sem prejudicar trabalhadores e empresas.
PL surge como resposta à PEC e busca equilíbrio jurídico
O relator da proposta, deputado Jorge Goetten (PL-SC), apresentou um texto que tenta preservar o descanso semanal obrigatório, mas sem extinguir totalmente o regime 6×1. A matéria do InfoMoney destaca que ele defende regras mais flexíveis, porém com salvaguardas para evitar jornadas excessivas.
O parlamentar argumenta que a extinção imediata da escala 6×1 — como prevê a PEC — poderia gerar impacto profundo em setores como varejo, indústria alimentícia, saúde e serviços essenciais, que operam em regime contínuo.
Ao mesmo tempo, o PL incorpora pontos solicitados por entidades de trabalhadores, criando mecanismos de proteção e ampliando garantias para o descanso.
O que o texto propõe — e como afeta a rotina dos trabalhadores
Entre os principais pontos do PL, estão:
- manutenção do descanso semanal remunerado;
- possibilidade de compensação de jornada, desde que haja acordo entre empresas e funcionários;
- regras mais rígidas para evitar abusos na carga horária;
- exigência de que o repouso seja assegurado dentro de ciclos definidos.
A proposta tenta construir um caminho intermediário, permitindo modelos flexíveis de escala, mas garantindo que trabalhadores não fiquem expostos a jornadas desgastantes.
Por que o tema virou disputa política?
A PEC que prevê o fim da escala 6×1 ganhou apoio de centrais sindicais e parte da base governista, que argumentam que o modelo atual é prejudicial ao descanso adequado. A CNN Brasil ressalta que defensores do fim da escala afirmam que a folga semanal obrigatória deve ser ampliada.
Por outro lado, setores produtivos pressionam pela manutenção do 6×1, alegando que a mudança abrupta poderia gerar aumento de custos e desequilíbrios operacionais — especialmente em empresas que funcionam 7 dias por semana.
Nesse cenário, o PL de Goetten se posiciona como alternativa para evitar rupturas bruscas e reduzir impacto econômico.
Empresários temem custos — trabalhadores pedem mais descanso
Associações empresariais afirmam que alterar o regime pode encarecer operações, elevar horas extras e comprometer escalas essenciais. Já sindicatos apontam que o modelo atual prejudica o bem-estar dos funcionários, afetando produtividade e saúde.
Assim, o PL tenta construir um meio-termo: permitir ajuste gradual, com acordos coletivos e regras de proteção.
O que acontece a partir de agora?
Com a entrega do relatório, a proposta segue para discussão nas comissões da Câmara. Depois, deve ir ao plenário, onde a disputa promete ser intensa.
Especialistas ouvidos pela imprensa afirmam que o tema deve dominar a pauta trabalhista nos próximos meses, pois envolve direitos, custos, produtividade e saúde do trabalhador.
Se aprovado, o PL poderá funcionar como alternativa à PEC — ou até como base para uma fusão entre as propostas.
Conclusão
O debate sobre o fim da escala 6×1 está longe do fim. Com o novo PL, o tema ganha um contraponto que promete influenciar negociações e abrir caminho para uma solução intermediária. O futuro do modelo de trabalho depende agora da articulação política e da construção de consensos entre trabalhadores e empregadores.
Continue acompanhando o Brasilvest para entender como cada avanço pode afetar sua rotina e seus direitos.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que o novo PL propõe?
O texto mantém o descanso semanal e permite compensação de jornada, funcionando como alternativa à PEC que acaba com o 6×1.
A escala 6×1 vai acabar?
Ainda não. A PEC propõe o fim, mas o PL tenta preservar o modelo com ajustes.
Quem apoia o fim da escala 6×1?
Centrais sindicais e parte da base governista defendem o fim, alegando melhores condições de descanso.
Quem é contra acabar com o 6×1?
Setores produtivos que operam continuamente e temem aumento de custos.
O PL já está valendo?
Não. Ele ainda será discutido nas comissões da Câmara antes de ir ao plenário.
O que muda para o trabalhador?
Se aprovado, o PL mantém flexibilidade, mas reforça regras para proteger o descanso semanal.









