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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Plano de Trump para importar carne argentina irrita produtores dos EUA

Medida busca conter preços domésticos, mas acende alerta entre pecuaristas e parlamentares americanos

O governo dos Estados Unidos estuda importar carne da Argentina para conter a inflação dos alimentos. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada por agências internacionais.
A medida, defendida pelo ex-presidente Donald Trump, provocou reação imediata de pecuaristas norte-americanos, que enxergam na proposta uma ameaça direta ao setor de carne bovina dos EUA.

Produtores criticam o impacto nas fazendas americanas

Segundo a Reuters, associações rurais afirmam que a importação favorece a Argentina e pode pressionar os preços pagos aos produtores locais.
Os estoques de gado nos Estados Unidos estão nos menores níveis em décadas, e os custos de produção seguem elevados. Por isso, a notícia derrubou os contratos futuros de gado na Bolsa de Chicago, refletindo o receio de queda nas margens de lucro.
Além disso, parlamentares ligados ao agronegócio argumentam que o plano “enfraquece o setor doméstico e coloca em risco empregos rurais”.

Objetivo político e justificativas econômicas

A administração de Trump justificou a proposta como uma forma de reduzir o preço da carne ao consumidor e reforçar a relação comercial com a Argentina, considerada “aliada estratégica”.
No entanto, especialistas ouvidos pela AP News afirmam que o impacto pode ser limitado. A Argentina representa apenas cerca de 2% das importações de carne bovina dos EUA, o que não seria suficiente para alterar significativamente o preço final ao consumidor.
Ainda assim, o gesto político ganhou peso simbólico, especialmente entre os eleitores do meio-oeste americano, fortemente ligados ao setor agropecuário.

Reação política e pressão do Congresso

A repercussão foi imediata no Congresso americano. Representantes de estados produtores, como Texas, Kansas e Nebraska, pediram que o plano seja reavaliado antes de qualquer implementação.
De acordo com a National Cattlemen’s Beef Association, a proposta contradiz a política de “America First” e privilegia produtores estrangeiros em detrimento da cadeia produtiva nacional.
Enquanto isso, partidos de oposição classificaram o projeto como “politicamente temerário“, apontando riscos à autossuficiência alimentar dos Estados Unidos.

Efeitos esperados e tensões no mercado global

Se aprovado, o plano deve ter efeito gradual. A Newsweek relata que os consumidores podem ver pequenas reduções nos preços da carne moída, mas o alívio seria temporário.
Por outro lado, os fazendeiros americanos enfrentariam concorrência direta de frigoríficos argentinos com custos mais baixos.
Esse cenário pode gerar tensões comerciais entre os dois países, já que os EUA ainda impõem barreiras sanitárias e tarifárias a outros exportadores de carne bovina.

Impactos globais e reflexos no Brasil

O Brasil acompanha de perto a disputa. Uma abertura do mercado americano para a carne argentina pode afetar as exportações brasileiras, já que os produtos dos dois países competem em volume e preço.
Segundo a Reuters, a mudança também pode deslocar parte da demanda global, influenciando o valor da arroba no Mercosul.
Enquanto isso, a Casa Branca analisa os efeitos fiscais e logísticos da proposta, que deve ser debatida nas próximas semanas.

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