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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Plataformas digitais empregaram 1,7 milhão de trabalhadores com renda acima da média em 2024, segundo IBGE

Levantamento inédito aponta que o trabalho por aplicativos virou fonte principal de renda para muitos, mas também revela alta informalidade

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo G1, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas tiveram plataformas digitais como sua fonte principal de renda em 2024. O número representa cerca de 1,9% da força de trabalho no setor privado nacional — estatísticas classificadas como “experimentais” pelo IBGE.

Perfil dos trabalhadores por aplicativos

Entre os que atuavam majoritariamente por plataformas, 53,1% (878 mil pessoas) operavam em transporte por apps, enquanto 29,3% (485 mil) trabalhavam com entregas de mercadorias/comida. A parcela que usava apps de serviços gerais ou profissionais somou 17,8% (294 mil pessoas). Havia também 13,8% que atuavam através de apps voltados ao táxi. A pesquisa indica que, entre os trabalhadores de transporte, incluindo táxi, o total chegava a 964 mil pessoas, ou 58,3% dos plataformizados.

A estimativa salarial média para essa categoria foi de R$ 2.996 por mês, valor 4,2% superior à média dos trabalhadores do setor privado, que foi de R$ 2.875. Também houve diferença na jornada de trabalho: quem usava aplicativos dedicava, em média, 44,8 horas semanais5,5 horas a mais que os demais ocupados (média de 39,3 horas) — segundo o G1.

Riscos: informalidade e condição laboral

Apesar do número expressivo de pessoas empregadas por apps, 71,1% estavam em situação informal, segundo os dados. A informalidade, conforme aponta o estudo, é quase o dobro do índice dos trabalhadores que não dependem de plataformas digitais, comparado à média de 44,3% no setor privado.

Além disso, a pesquisa destaca que a remuneração horária dos trabalhadores plataformizados foi, em média, 8,3% inferior à dos trabalhadores tradicionais: R$ 15,40 por hora contra R$ 16,80 fora das plataformas.

Importância e limitações dos dados

O IBGE classifica essas estatísticas como experimentais, o que significa que os resultados ainda podem ser revisados e refinados ao longo do tempo. Além disso, a coleta de dados se refere ao trabalho principal realizado pelos ocupados no 3º trimestre de 2024, conforme comunicado oficial do órgão.

Ainda assim, o estudo permite enxergar importantes tendências: o crescimento do trabalho por plataformas, a substituição de ocupações tradicionais e os desafios de regulamentação e proteção social para essa nova forma de trabalho no Brasil.

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