Metal precioso costuma se valorizar quando há instabilidade econômica, geopolítica ou inflação elevada.
Em momentos de crise global ou incerteza econômica, investidores do mundo todo correm para ativos considerados “portos seguros” — e o ouro lidera essa lista há séculos. Diferente de ações e moedas, o ouro é um bem físico, com oferta limitada e demanda constante, o que o torna uma reserva de valor confiável.
Segundo análise da Bloomberg, o ouro teve valorização de mais de 15% em 2023, impulsionado por conflitos no Oriente Médio, inflação persistente e receios de recessão nos Estados Unidos. O metal tende a se beneficiar justamente quando os ativos de risco, como ações, perdem valor.
Outro fator é que o ouro não depende de governos ou bancos centrais, o que o torna imune a calotes soberanos, impressões de moeda ou manipulações monetárias. Em países como Venezuela, Turquia ou Argentina, por exemplo, o ouro virou alternativa para preservar patrimônio em meio à desvalorização cambial.
De acordo com o G1, o metal também é visto como hedge contra inflação. Isso significa que, quando o poder de compra da moeda cai, o ouro tende a preservar valor real, servindo como proteção ao investidor.
No Brasil, é possível investir em ouro via fundos, contratos futuros ou ETFs como o GOLD11, que replicam o preço do metal em reais. Especialistas do Valor Investe recomendam que o ouro componha de 5% a 10% da carteira de quem busca segurança no longo prazo.
Entender o papel do ouro nos ciclos econômicos ajuda a diversificar com mais inteligência. Em tempos de instabilidade, ele pode ser não só uma proteção — mas também uma boa oportunidade.