Redução nos custos e safra favorável explicam queda no valor nas gôndolas de supermercados
O preço do azeite de oliva registrou queda de 14% em doze meses no Brasil, segundo dados de 2025. A retração reflete fatores como menor custo das matérias-primas, melhor safra nos países do Mediterrâneo e competição mais acirrada entre distribuidores. A reportagem é do G1.
Queda nos insumos e impacto global
Produtores europeus, especialmente na Espanha e na Itália, colheram oliveiras com melhores rendimentos em 2024/25, o que ajudou a elevar oferta global. Em paralelo, houve redução nos preços de óleo vegetal que concorre com o azeite, o que privilegiou ajustes competitivos no mercado brasileiro.
Além disso, fretes e custos logísticos recuaram em função da melhora no mercado internacional de transporte. Com isso, importadores sentiram margem para repassar parte da queda ao consumidor. A intensificação da concorrência entre marcas menores também contribuiu — aquelas com menor poder de marca usam redução de preço para conquistar espaços.
Repercussão para o consumidor e para o setor
Para o consumidor, a diminuição do preço significa oportunidade de comprar um produto normalmente caro com mais folga no orçamento. Redes de supermercado aproveitam para fazer promoções e empurrar volumes maiores.
Do lado dos produtores e importadores, a queda gera tensão: margens comprimidas e maior pressão por eficiência operacional. Empresas menos estruturadas podem sofrer para manter rentabilidade, especialmente em segmentos premium.
Cenário para os próximos meses
Se a boa safra persistir nos países produtores e os custos de logística continuarem estáveis, a tendência é que o preço do azeite permaneça mais competitivo no varejo nacional. No entanto, fatores de risco como mudanças climáticas, elevação de tarifas de importação ou ajustes cambiais pontuais podem reverter parte desse benefício.