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segunda-feira, novembro 17, 2025
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“Prévia” do PIB decepciona e expõe impacto da Selic e perda de fôlego da demanda

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O IBC-Br trouxe um sinal claro. A atividade econômica brasileira perde força. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (17), o índice registrou queda de 0,24% em setembro. O mercado já monitorava esse cenário de desaceleração.

O movimento também se refletiu no trimestre. Assim sendo, o IBC-Br caiu 0,9% entre julho e setembro. Isso reforça o impacto da Selic em 15%. Além disso, o crédito caro e o esgotamento dos estímulos pesam sobre o consumo.

Queda generalizada e freio mais forte na indústria

Três setores puxaram a retração mensal:

  • Indústria: –0,7%
  • Impostos: –0,65%
  • Serviços: –0,1%

O agronegócio trouxe o único respiro. O setor cresceu 1,5% após seis meses seguidos de retração. Segundo analistas do Goldman Sachs e da Suno Research, a safra de verão explica esse resultado.

Para o economista Rafael Perez (Suno), a indústria sofre mais. Ou seja, a política monetária restritiva atinge esse setor com força. Ao mesmo tempo, juros altos e demanda interna enfraquecida pressionam a produção. As incertezas globais adicionam pressão.

Economia perde tração no fim do trimestre

O IBC-Br mostra que a recuperação não se sustentou. De acordo com Ariane Benedito (PicPay), a economia voltou a operar em ritmo mais fraco no fim do 3º trimestre. O consumo arrefeceu após o impacto dos precatórios pagos no meio do ano. Além disso, o alto endividamento das famílias pesa sobre a demanda.

A volatilidade recente chamou atenção:

  • Queda em julho
  • Alta em agosto
  • Nova retração em setembro

Esse vai-e-vem indica crescimento inconsistente. Segundo Perez, a tendência de enfraquecimento se torna mais evidente no último trimestre.

Comparação anual mostra estabilidade

Na comparação com setembro de 2024, o IBC-Br subiu 2%. O resultado ficou dentro do esperado pelo mercado. A XP projetava 2,1%. Já o consenso apontava 1,9%.

Apesar disso, economistas afirmam que o avanço anualizado não muda a percepção. Em outras palavras, a economia perde impulso ao longo de 2025.

Peso da Selic e perda dos estímulos à demanda

Analistas destacam dois fatores principais. Em primeiro lugar, os juros elevados. Em segundo lugar, o fim dos estímulos temporários ao consumo. Por exemplo, liberação de recursos, precatórios e expansão do crédito no início do ano. Essa combinação explica o enfraquecimento dos serviços e da indústria.

Segundo Leonardo Costa (ASA), a política monetária deve continuar restringindo o fôlego da economia. Como resultado, o crescimento do PIB tende a ser mais moderado.

O que esperar daqui para frente?

As projeções seguem estáveis entre casas de análise:

  • XP: prevê alta de 0,2% do PIB no 3º tri (ajustado sazonalmente). Projeta avanço de 1,6% ante o 3º tri de 2024. Mantém estimativa anual em 2,1%.
  • ASA: vê crescimento trimestral perto de 0,2%.
  • PicPay: mantém projeção de 2,2% para 2025.
  • Goldman Sachs: identifica fatores positivos, como transferências federais e aumento de renda disponível. No entanto, alerta para limitações. Crédito caro, famílias endividadas e menor ociosidade da economia impõem restrições.

Ou seja, há forças empurrando a atividade para cima. Porém, também há limites claros. A desaceleração parece ganhar contornos mais nítidos.

Conclusão: economia perde ritmo e alerta para o fim do ano

O IBC-Br reforça um quadro de crescimento mais fraco e menos sustentável. A Selic alta produz efeitos diretos. Da mesma forma, o esgotamento dos estímulos à demanda pesa sobre a atividade. A expectativa é de um PIB positivo. Porém, sem brilho. Além disso, com sinais crescentes de moderação.

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Perguntas Frequentes (FAQs)

O IBC-Br é o PIB oficial?

Não. Ele é uma prévia. Ou seja, é usado para antecipar tendências do PIB. Porém, não substitui a medição oficial do IBGE.

Por que o IBC-Br caiu em setembro?

A queda resulta de uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, queda na indústria, impostos e serviços. Além disso, o impacto dos juros altos sobre o consumo e o crédito.

O agronegócio ajudou o resultado?

Sim. O setor cresceu 1,5% após meses de retração. A safra de verão impulsionou esse resultado.

A economia pode melhorar até o fim do ano?

Os analistas veem desaceleração mais evidente no 4º trimestre. Isso ocorre devido ao consumo enfraquecido e juros elevados.

Isso afeta a projeção do PIB?

Não significativamente. As projeções seguem ao redor de 2% para 2025.

O que mais preocupa os economistas?

A perda de consistência do crescimento preocupa. Além disso, o endividamento alto das famílias e as condições financeiras restritivas geram preocupação.

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