Índices derrapam após aumento da aversão ao risco e novas preocupações sobre crédito regional na Europa e nos EUA
bolsas europeias em queda com crise bancária
As bolsas da Europa encerraram o pregão desta sexta-feira (17) em queda expressiva, afetadas por renovadas preocupações no setor financeiro e pelo recuo generalizado no apetite por risco. O sentimento negativo prevaleceu durante todo o dia, refletindo o contágio externo e o receio de resultados fracos vindos de bancos nos mercados desenvolvidos. Os dados são do Money Times.
Bancos sob nova pressão
Empresas do setor bancário lideraram as perdas. Investidores precificaram ajustes mais conservadores na carteira de crédito e remodelações estruturais, conforme o mercado reage a casos recentes de fraudes e provisões adicionais relatadas por instituições nos EUA. A fragilidade percebida no cerne financeiro contaminou os mercados europeus, dado o interconectado sistema bancário global.
No fechamento, o índice Stoxx 600 recuou mais de 2%, enquanto o DAX, o CAC 40 e o FTSE 100 registraram perdas parecidas, entre 1,8% e 2,5%, em linha com o pessimismo dominante.
Outros setores também cedem
Embora os bancos liderassem a baixa, outros setores como finanças corporativas, energia e consumo discreto também sofreram. A queda foi mais intensa em empresas com exposição internacional e forte endividamento em dólar, vistas como mais vulneráveis em um cenário de aperto global.
Mesmo setores considerados defensivos, como saúde e utilidades, não escaparam completamente do contágio. A amplitude negativa do pregão mostrou que o episódio de crédito atingiu o mercado como um todo, indo além dos bancos.
Reflexo no cenário econômico europeu
O movimento ressalta a fragilidade que persiste no sistema financeiro europeu, ainda exposto a choques externos e a crescimento econômico fraco. O tom de cautela reforça o risco de novas revisões para estimativas econômicas da zona do euro, inclusive para inflação, crescimento e capacidade de resposta dos bancos centrais.
Olho no que vem
Para os próximos pregões, o mercado europeu terá que lidar com relatórios bancários, resultados corporativos e falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). Também devem pesar os dados de atividade industrial e confiança empresarial, que podem reforçar ou mitigar o sentimento negativo dominado pelo crédito.









