Otimismo em Wall Street impulsionou ações brasileiras, enquanto o câmbio acompanhou movimento global de enfraquecimento da moeda americana
O Ibovespa encerrou esta terça-feira (15) em alta de 0,78%, aos 141.783 pontos, após um pregão marcado por bom humor externo e expectativa de cortes de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Já o dólar comercial recuou 0,37%, cotado a R$ 5,44, acompanhando o movimento global de desvalorização da moeda americana. Os dados são da B3 e da InfoMoney.
Big techs e exterior dão fôlego à Bolsa
O desempenho positivo da Bolsa brasileira foi impulsionado pelo bom humor em Wall Street, onde o índice Nasdaq avançou diante da força das big techs e de falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando confiança no controle da inflação. Com isso, investidores ampliaram apostas em um primeiro corte de juros nos EUA até dezembro, o que favorece o fluxo para mercados emergentes.
Papéis de peso como Vale, Petrobras e Itaú também sustentaram o índice, com destaque para o setor de commodities e financeiro. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o alívio global nas taxas longas dos Treasuries abriu espaço para uma retomada parcial dos ativos de risco, reduzindo a pressão sobre os emergentes.
Câmbio reage ao exterior e à curva de juros
No câmbio, o dólar perdeu força frente ao real, refletindo tanto o enfraquecimento global da moeda quanto o recuo nos juros futuros domésticos. O movimento foi amplificado por entradas pontuais de capital estrangeiro e pela manutenção do apetite por risco, mesmo em meio à cautela fiscal.
De acordo com levantamento do InfoMoney, o dólar comercial encerrou o dia a R$ 5,444 na compra e R$ 5,445 na venda, enquanto o turismo ficou próximo de R$ 5,65 nas casas de câmbio.
Expectativas e próximos indicadores
Investidores seguem atentos à divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos, prevista para o final da semana, e ao relatório de atividade econômica (IBC-Br) no Brasil, que pode redefinir apostas sobre o ciclo de cortes da Selic.
Além disso, o balanço corporativo de grandes empresas brasileiras e os próximos passos da política fiscal do governo permanecem no radar, especialmente após o INSS suspender o programa de bônus a servidores por falta de orçamento, o que reacendeu preocupações sobre as contas públicas.
Com o cenário global mais benigno e a taxa básica de juros em queda, o mercado espera que o Ibovespa mantenha tendência de alta moderada nos próximos pregões, ainda que sujeita a correções pontuais diante de ruídos fiscais e políticos.









