Entre os eleitores sem preferência partidária, rejeição ao presidente cresceu 10 pontos em um mês; Bolsonaro mantém índice alto, mas com leve queda para 73%
A pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (13), mostra que a rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os eleitores independentes — aqueles que não se declaram nem petistas nem bolsonaristas — subiu de 54% em outubro para 64% em novembro.
O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, também indica que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 73% desse grupo, uma leve queda em relação aos 77% registrados no mês anterior, dentro da margem de erro.
De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, acompanhar esse segmento é essencial. “A rejeição entre os independentes é crucial para entender o cenário. A família Bolsonaro tem dificuldade em se viabilizar porque a rejeição deles tem um piso de 70%. Agora, Lula começa a enfrentar o mesmo problema nesse público”, afirmou.
Pesquisa mostra empate técnico entre Lula e Bolsonaro em eventual 2º turno
O levantamento revela ainda que a vantagem de Lula sobre Bolsonaro em um eventual segundo turno diminuiu. Os dois voltaram a empatar tecnicamente, mostrando que a disputa presidencial de 2026 tende a ser mais equilibrada.
Além disso, 24% dos entrevistados afirmaram que preferem um nome fora da polarização, sem ligação com Lula nem com Bolsonaro. Outros 23% disseram que votariam em Lula, e 15% optariam por Bolsonaro.
A pesquisa mostra, portanto, que cresce o desejo por uma alternativa política de centro, capaz de atrair eleitores cansados da divisão entre petistas e bolsonaristas.
Apoio à nova candidatura de Lula oscila para baixo
Entre o eleitorado geral, 59% defendem que Lula não se candidate à reeleição, um número levemente maior do que os 56% de outubro. Já os que apoiam a candidatura do presidente caíram para 38%, frente aos 42% registrados anteriormente.
No caso de Bolsonaro, o movimento é inverso: o número de eleitores que apoiam sua candidatura subiu de 18% para 26%, enquanto a parcela contrária caiu de 76% para 67%. Mesmo assim, ele ainda enfrenta rejeição majoritária.
Rejeição geral: Lula tem 53%, Bolsonaro 60%
Na média nacional, a rejeição a Lula é de 53%, uma leve alta em relação aos 51% de outubro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Já a rejeição a Bolsonaro caiu de 63% para 60%, também dentro da margem.
Segundo Felipe Nunes, “a rejeição dos principais nomes mostra um movimento interessante: Lula oscila para cima, enquanto figuras da oposição como Tarcísio, Ciro e Ratinho têm leve melhora. O potencial de voto da oposição, na média, mostra evolução entre outubro e novembro”.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, com 2.004 entrevistas presenciais em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Entre os eleitores independentes, o margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, indicando que a tendência de alta na rejeição de Lula é estatisticamente significativa.
Conclusão
Os dados da Quaest mostram que tanto Lula quanto Bolsonaro enfrentam níveis elevados de rejeição, especialmente entre os eleitores independentes, considerados decisivos em qualquer eleição presidencial. A nova rodada de pesquisa reforça que a disputa de 2026 tende a ser polarizada, mas mais apertada, com espaço crescente para novos nomes fora dos extremos.
FAQ
Por que a rejeição a Lula aumentou entre os independentes?
A pesquisa indica desgaste da imagem do presidente entre eleitores sem vínculo partidário, possivelmente ligado ao ritmo da economia e à polarização política.
Bolsonaro melhorou sua imagem?
Levemente. A rejeição caiu de 77% para 73% entre os independentes, mas ele ainda enfrenta resistência alta no eleitorado.
Há espaço para uma terceira via em 2026?
Sim. Quase um quarto dos entrevistados disse preferir um candidato sem ligação com Lula ou Bolsonaro.
O que mostram os números gerais de rejeição?
Lula é rejeitado por 53% dos eleitores e Bolsonaro por 60%, ambos com oscilações dentro da margem de erro.
