A modalidade de renda fixa segue firme como a escolha número um dos investidores no Brasil. Segundo o levantamento da ANBIMA, o volume aplicado por pessoas físicas alcançou cerca de R$ 7,9 trilhões até o fim de junho de 2025, com crescimento de 6,8% em relação a dezembro de 2024. Esse dado mostra, além disso, que a renda fixa responde por 58,9% de todo o volume investido no País.
Por que a renda fixa domina?
Com a taxa básica de juros (Taxa Selic) em patamares elevados, muitos produtos de renda fixa se tornaram mais atrativos. Isso porque rendimentos pós-fixados e indexados à Selic ou ao CDI entregam ganhos mais robustos frente à renda variável.
Busca por previsibilidade e menor risco
Investidores, sobretudo os de perfil mais conservador, buscam segurança e retorno mais previsível. E a renda fixa oferece isso — seja via CDBs, títulos públicos ou letras de crédito (LCI/ LCA) que muitas vezes têm isenção de imposto de renda.
Produtos que se destacam
No levantamento da ANBIMA:
- Os produtos isentos de IR (LCI/ LCA/CRA/CRI) somaram ≈ R$ 1,39 trilhão no semestre, com crescimento de 12,2%.
- Os CDBs atingiram cerca de R$ 1,15 trilhão, com alta de 9,9%.
- Os títulos públicos também registraram avanço: R$ 215,8 bilhões no semestre, alta de 17,4%.
Situação do mercado de investimentos
- Renda fixa: 58,9% do valor total aplicado por pessoas físicas em junho/2025.
- Renda variável: cerca de 13,1%, com volume em torno de R$ 1,04 trilhão.
- Segmento híbrido: aproximadamente 9,6% do total.
Segmentos de investidores
A pesquisa mostra avanços expressivos nos diferentes segmentos: varejo alta renda teve crescimento de 10,7%, totalizando R$ 2,86 trilhões; varejo tradicional teve alta de 4,1%, com R$ 2,66 trilhões; e o segmento private (clientes com > R$ 5 milhões investidos) fechou o semestre com R$ 2,42 trilhões.
Regiões
O Sudeste manteve liderança com 66,5% das aplicações (~R$ 5,28 trilhões). Outras regiões também cresceram: Nordeste (+7,9%), Centro-Oeste (+6%), Sul (+3,5%) e Norte (+8,5%).
O que isso significa para o investidor
- A preferência pela renda fixa indica que muitos investidores dão prioridade à segurança e à rentabilidade condicionada a juros altos.
- Porém, esse cenário não elimina a importância da diversificação: depender apenas de renda fixa pode limitar ganhos futuros ou exposição a outras oportunidades. A própria ANBIMA destaca que diversificar faz parte de um portfólio completo.
- É importante que o investidor avalie prazo, liquidez, tipo de título (prefixado, pós-fixado, indexado à inflação) e risco de crédito — mesmo na renda fixa há nuances.
- Em um cenário futuro de queda de juros, a renda fixa poderá perder parte de seu atrativo e a renda variável ou híbridos podem ganhar espaço.
Conclusão
Em 2025, a renda fixa reafirma seu papel como principal destino dos recursos dos investidores brasileiros. O contexto de juros elevados, combinado à busca por maior previsibilidade, torna essa modalidade dominante. No entanto, para construir patrimônio de forma eficiente, é essencial que o investidor combine essa escolha com planejamento, diversificação e perfil definido.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
O que explica a preferência dos brasileiros pela renda fixa em 2025?
A renda fixa ganhou força em 2025 principalmente por causa dos juros elevados, que aumentam o retorno de aplicações pós-fixadas e indexadas à Selic. Além disso, muitos investidores preferem segurança e previsibilidade, o que reforça o interesse por títulos mais estáveis.
Quais são os produtos de renda fixa mais procurados?
Os destaques do semestre foram CDBs, LCIs/LCAs e títulos públicos, todos com crescimento relevante no volume investido segundo a ANBIMA. Esses produtos oferecem boa rentabilidade e, em alguns casos, isenção de imposto de renda.
A renda variável perdeu espaço para a renda fixa?
Sim. De acordo com o levantamento, a renda variável representou cerca de 13% do total investido, bem abaixo da renda fixa, que ultrapassou 58% das aplicações entre pessoas físicas.
A renda fixa ainda será vantajosa se os juros caírem?
Se os juros recuarem, alguns produtos de renda fixa podem perder atratividade, especialmente os pós-fixados. Por isso, especialistas recomendam diversificação para proteger o portfólio em cenários diferentes.
A diversificação continua importante mesmo com a renda fixa em alta?
Sim. Apesar da renda fixa dominar as aplicações em 2025, a ANBIMA reforça que diversificar é essencial para equilibrar risco e retorno, principalmente em períodos de mudanças econômicas.
Investidores iniciantes devem começar pela renda fixa?
Muitos iniciantes escolhem a renda fixa porque ela oferece menor risco e maior previsibilidade. No entanto, é importante analisar metas pessoais e, gradualmente, incluir outros tipos de investimento conforme o perfil e o objetivo financeiro.









