11.4 C
Nova Iorque
18.2 C
São Paulo
segunda-feira, novembro 24, 2025
spot_img

Senado quer nova regra de impostos e diz que fintech não pode ser tratada como banco

Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto que aumenta a tributação sobre bets e fintech, está finalizando um parecer que deve reformular completamente a forma como o setor é taxado no Brasil. A proposta combina alta gradual de impostos com um reforço robusto nas regras de rastreamento de operações suspeitas, buscando fechar brechas utilizadas por plataformas irregulares.

Segundo ele, a discussão precisa reconhecer uma premissa básica: fintech não é banco, e por isso não deve ser tratada como tal no campo tributário.

Por que o relator quer um novo modelo de tributação?

Braga afirma que, mesmo com o avanço da inclusão financeira no país, grande parte das operações digitais funciona sem supervisão adequada. Esse diagnóstico, segundo ele, aparece constantemente em conversas com autoridades econômicas e de segurança.

O principal alvo inicial do projeto são as contas concentradoras usadas para movimentar recursos de apostas ilegais e lavagem de dinheiro.

O plano: rastreamento mais rigoroso e aumento gradual dos impostos

De acordo com o relator, a prioridade é criar um sistema capaz de identificar e comunicar ao Coaf qualquer movimentação atípica. Ele quer que bancos e instituições financeiras reportem situações como milhares de transferências para a mesma chave Pix em um único dia — mesmo que cada operação tenha valor baixo.

Braga defende que a calibragem das alíquotas caminhe junto do cerco regulatório. Seu argumento é que o aumento de impostos não deve ser brusco, mas escalonado conforme o avanço no combate às atividades clandestinas.

Em suas palavras, “se o mercado ilegal perde espaço, a carga sobre o setor regular pode subir sem distorções”.

Por que fintech não deve ter a mesma tributação dos bancos?

O senador rejeita a ideia de igualar fintechs a bancos tradicionais. Para ele, as diferenças entre os modelos — como estrutura de capital, perfil de crédito, risco e porte operacional — impedem a criação de uma alíquota única mínima.

Braga também lembrou que a resolução do Banco Central que amplia o capital mínimo das plataformas digitais só terá efeitos a partir de 2026. Por isso, considera necessário avançar com regras em lei.

O mercado ilegal segue no centro das preocupações

O relator evitou comentar publicamente as resistências já manifestadas por parte do setor de apostas, mas reconheceu que o tema envolve interesses poderosos e atuação de grupos organizados. Isso torna o debate mais complexo do que outras discussões tributárias tradicionais.

Para ele, antes de falar em “tributação ideal”, o país precisa construir um sistema capaz de reduzir drasticamente o espaço para plataformas não autorizadas.

Quando a proposta será apresentada?

A versão final do relatório deve ser entregue na próxima terça-feira (25) e a votação está prevista para ocorrer ainda em novembro. A análise foi adiada na semana anterior por causa de pedidos de deputados da Câmara, que querem avaliar o texto antes da deliberação final no Senado.

Para acompanhar os próximos passos da proposta e entender como ela pode afetar o mercado digital brasileiro, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que o relator diz que “fintech não é banco”?

Porque fintechs têm estrutura, capital e perfil de risco diferentes dos bancos tradicionais, o que exige regras tributárias próprias.

O projeto vai aumentar impostos sobre bets e fintechs?

Sim, mas de forma gradual, acompanhando a melhoria do controle sobre operações suspeitas.

Como o Senado pretende combater movimentações ilegais?

Com rastreamento mais rígido e obrigação de reportar ao Coaf operações atípicas, como transferências excessivas para a mesma chave Pix.

As fintechs terão a mesma alíquota que os bancos?

Não. O relator rejeita a equiparação e defende tributação diferenciada.

O mercado ilegal de apostas influencia o projeto?

Sim. O texto busca reduzir drasticamente o espaço para plataformas irregulares antes de ajustar a carga tributária.

Quando o relatório final será apresentado?

Na terça-feira (25), com votação prevista ainda para novembro.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.