Ferramenta de investimento registrou ganhos expressivos durante testes e acendeu o debate sobre performance, riscos e transparência nos robôs de trading
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Um sistema automatizado de investimentos desenvolvido pelo analista Rodrigo Cohen registrou lucro de 244% em oito meses, de acordo com o Money Times. O desempenho superou amplamente os principais indicadores de mercado: o Bitcoin, que valorizou cerca de 75%, e o Ibovespa, com alta próxima de 17% no mesmo período.
Segundo a reportagem, o sistema combinou três robôs operando em índice futuro (WIN), dólar futuro (WDO) e criptoativos. A proposta é capturar oportunidades simultaneamente em mercados diferentes, aproveitando a volatilidade diária de cada um. Assim, o algoritmo busca ganhos consistentes mesmo em cenários de oscilação.
Estratégia e desempenho em comparação ao mercado
O resultado chama atenção por ter ocorrido em ambiente de teste, mas também levanta questões sobre riscos e sustentabilidade. Embora os números impressionem, especialistas lembram que resultados passados não garantem rentabilidade futura. Além disso, o modelo foi testado em condições controladas, sem custos de corretagem ou derrapagens operacionais.
De acordo com o Money Times, o sistema mostrou força em dias de maior volatilidade, sobretudo quando o dólar e o índice futuro da B3 apresentaram movimentos contrários. Essa diversificação permitiu ao algoritmo manter performance estável enquanto o investidor comum enfrentava oscilações mais severas.
Robôs de trading ganham espaço no Brasil
Nos últimos anos, o uso de estratégias automatizadas tem se expandido entre traders brasileiros. A popularização dessas ferramentas se deve à capacidade de reagir rapidamente às mudanças de preço, reduzindo interferências emocionais. No entanto, o avanço também desperta debate sobre regulação, custos e risco de exposição excessiva.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reforça que investidores devem compreender o funcionamento dos sistemas automatizados antes de aplicarem recursos. Embora os robôs executem ordens com precisão, eles dependem de parâmetros definidos pelo usuário — e podem gerar perdas se operarem em cenários inesperados.
Próximos passos e cautelas necessárias
Cohen afirmou que o projeto entrará em nova fase de validação com capital real ainda neste trimestre. O foco será medir o impacto de custos operacionais, liquidez e execução simultânea. Caso o desempenho se repita, o sistema poderá ser comercializado como estratégia de investimento quantitativo no varejo.
Mesmo assim, analistas recomendam cautela. Estratégias automatizadas exigem monitoramento constante e disciplina na gestão de risco. O sucesso da ferramenta dependerá não apenas do código, mas da capacidade de adaptação a novos ciclos de mercado.
Em meio ao entusiasmo dos investidores, o caso reforça como a automação financeira pode ampliar ganhos, mas também testar os limites entre eficiência tecnológica e segurança.









