A forte volatilidade do mercado cripto em novembro provocou uma explosão nos volumes negociados de stablecoins no Brasil, segundo dados da Biscoint divulgados pelo MoneyTimes.
Enquanto o Bitcoin oscilou intensamente, investidores buscaram proteção em ativos atrelados ao dólar, o que transformou stablecoins como USDT e USDC nas protagonistas do mês.
Stablecoins lideram negociações e puxam liquidez
Os números mostram um cenário raro no mercado nacional. Conforme o MoneyTimes, o USDT atingiu R$ 10,22 bilhões negociados, tornando-se o ativo mais movimentado do Brasil no período.
Além disso, o relatório destaca que USDT e USDC somaram R$ 1,9 bilhão em operações. E, enquanto isso acontecia, o Bitcoin registrava quedas superiores a 17%, impulsionando a migração para moedas estáveis.
BTC perde força, mas ainda registra picos de volume
Mesmo sob pressão, o Bitcoin teve momentos intensos de negociação. Segundo o MoneyTimes, entre os dias 20 e 21 de novembro, o BTC movimentou R$ 4,88 bilhões.
Ainda assim, a busca por estabilidade dominou o mês. Portanto, investidores preferiram travar valor em stablecoins enquanto aguardavam menor turbulência no mercado global.
Por que as stablecoins viraram “porto seguro” em novembro?
A explosão de negociações não aconteceu por acaso. Pelo contrário, ela se explica por três fatores principais:
1. Volatilidade extrema
Como o Bitcoin enfrentou fortes quedas, muitos investidores optaram por minimizar riscos. Segundo o MoneyTimes, esse comportamento aumentou a liquidez de stablecoins usadas como refúgio temporário.
2. Liquidez imediata
O USDT se consolidou como ferramenta essencial de operações rápidas. Assim, ele se tornou o elo central entre compra, venda e arbitragem em exchanges brasileiras.
3. Incerteza global
O relatório aponta influência de fluxos externos e comportamento de grandes fundos, o que aumentou a procura por ativos estáveis em mercados emergentes como o Brasil.
O que isso revela sobre o mercado brasileiro?
O movimento de novembro revela que o investidor brasileiro está cada vez mais atento às mudanças globais. Além disso, ele mostra maturidade crescente: em vez de aceitar perdas abruptas, muitos migraram para ativos que preservam valor enquanto mantêm liquidez.
Por outro lado, a dependência crescente de stablecoins acende um alerta. Isso porque a economia local fica mais exposta ao dólar, à regulamentação internacional e a riscos do emissor dessas moedas.
Tendências para os próximos meses
Analistas consultados pelo MoneyTimes avaliam que a dominância das stablecoins tende a continuar enquanto o Bitcoin não estabilizar. Além disso, o aumento da liquidez pode fortalecer o mercado brasileiro e atrair novos investidores institucionais.
Conclusão: um mês que muda a dinâmica do mercado cripto
O salto expressivo nas stablecoins marca uma virada de chave no comportamento do investidor nacional. Novembro mostrou que, quando a volatilidade aumenta, a estratégia muda — e a busca por proteção se torna prioridade.
Continue acompanhando o Brasilvest para entender cada movimento do mercado cripto e antecipar tendências que podem afetar seus investimentos.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Por que o volume de stablecoins cresceu tanto em novembro?
Porque a queda do Bitcoin aumentou a busca por proteção e liquidez, segundo dados do MoneyTimes.
O USDT foi o ativo mais negociado do Brasil?
Sim. Ele movimentou mais de R$ 10 bilhões, liderando o ranking de novembro.
O Bitcoin perdeu espaço permanentemente?
Não. Ele continua relevante, mas perdeu momentaneamente a preferência devido às fortes oscilações.
As stablecoins são realmente mais seguras?
Elas oferecem estabilidade de preço, mas ainda dependem do emissor, do lastro e do cenário regulatório.
Esse aumento de volume indica maturidade do mercado?
Sim. Investidores estão mais estratégicos e buscam alternativas antes de assumir riscos desnecessários.
O movimento deve continuar nos próximos meses?
Tudo indica que sim, especialmente se o Bitcoin seguir volátil.









