A cada nova temporada de resultados, o mercado segura a respiração. E no 3º trimestre de 2025, não será diferente. Assim sendo, estamos entrando em um período decisivo, em que os números das empresas revelam como a economia está reagindo — e, é claro, quais ações podem surpreender ou decepcionar os investidores.
Se você quer entender quais setores podem brilhar, onde estão os maiores riscos e o que bancos, commodities, varejo e tecnologia devem entregar, fica aqui comigo. Vou te explicar tudo de forma simples, direta e sem enrolação.
O que muda nesta temporada de resultados do 3T25?
Em primeiro lugar, o mercado já esperava um trimestre mais “frio” — e é exatamente isso que as projeções mostram.
As estimativas apontam para um 3T25 misto, com setores ligados a commodities ainda pressionados e uma economia doméstica começando a perder fôlego. De acordo com estrategistas, enquanto a receita líquida sobe cerca de 7,9%, o Ebitda deve recuar 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado, revelando um ambiente mais apertado.
O ponto-chave é: a economia desacelerou, e isso aparece nos balanços.
Quais setores podem surpreender positivamente no 3T25?
Em segundo lugar, algumas áreas devem se destacar mesmo com o cenário mais fraco.
Entre os destaques esperados:
- Construção Civil: segue firme com demanda resiliente.
- TMT (Tecnologia, Mídia e Telecom): deve mostrar crescimento consistente.
- Mineração & Siderurgia: impulsionadas por preços melhores do minério.
Dessa forma, esses segmentos podem ser o “respiro” da Bolsa nesta temporada.
E quem deve decepcionar nos resultados do trimestre?
Por outro lado, nem todo setor vai navegar tão bem nesse mar turbulento.
Além disso, as projeções apontam para resultados mais fracos em:
- Papel & Celulose: pressionado por preços menores e câmbio desfavorável.
- Varejo: afetado pelo clima mais adverso e pelo enfraquecimento do consumo.
Nesse sentido, o investidor deve acompanhar os números com mais cautela.
O que dizem os grandes bancos sobre os lucros do 3T25?
Aqui entra um ponto curioso:
Mesmo com lucros mais fracos, estrategistas destacam que isso não necessariamente é ruim para a Bolsa.
Por quê?
Isso porque a desaceleração dos resultados reforça que a economia está esfriando — o que, por sua vez, abre espaço para cortes de juros a partir de janeiro.
Ou seja:
Menos lucro agora pode significar mais Bolsa depois.
Entre os destaques positivos esperados pelos analistas:
- Mercado Livre com crescimento de cerca de 30% no lucro por ação
- Nu Holdings com salto próximo de 40%
- BTG Pactual com avanço sólido e controle de despesas
Quais ações merecem atenção redobrada?
De acordo com análises de mercado, alguns papéis entram como candidatos a “queridinhos” da temporada:
- Bradesco (BBDC4)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Grupo GPS (GGPS3)
- Vivara (VIVA3)
- Smart Fit (SMFT3)
- Rede D’Or (RDOR3)
- Vale (VALE3)
Essas empresas apresentam, segundo estrategistas, fundamentos operacionais robustos e boa probabilidade de entregar números consistentes.
Setor financeiro: quem ganha e quem perde no trimestre?
Os bancos devem apresentar desaceleração no crédito e alta na inadimplência em setores como agronegócio e PMEs. Ainda assim, algumas instituições devem se sair bem.
Destaques positivos:
- Bradesco: crescimento da carteira e margens melhores
- Nu e Inter: margens ajustadas ao risco mais fortes e KPIs favoráveis
Riscos:
- Banco do Brasil: deve sentir mais o impacto da piora na qualidade do crédito
No geral, analistas destacam que o BBDC4 tem tudo para ser o melhor desempenho entre os grandes bancos nesta temporada.
Commodities: quais empresas podem surpreender mesmo com cenário pressionado?
O setor é bastante sensível a preços internacionais e câmbio. Mesmo assim, alguns nomes devem se destacar:
- Vale, CSN Mineração e Aura Minerals: impulsionadas por preços melhores do minério e volumes maiores
- Gerdau: deve se beneficiar da força da operação na América do Norte
- Klabin: deve mostrar resiliência, compensando fraqueza na celulose com embalagens
Já para a Suzano, a expectativa é de números mais fracos, com recuo no Ebitda.
Varejo e consumo: quem resiste à desaceleração?
Apesar de um trimestre mais desafiador, alguns players seguem firmes:
- Vivara
- RD Saúde
- Track&Field
Essas empresas devem entregar boa performance em margem e rentabilidade, apesar das condições adversas.
Saúde: um dos setores mais fortes do 3T25?
O segmento de saúde vem ganhando tração — e isso deve aparecer nos resultados.
Entre os destaques:
- Rede D’Or: perspectiva de forte crescimento e margens melhores
- SulAmérica: Ebitda deve subir mais de 50%
- Fleury: receita acelerando com sazonalidade favorável
A única que segue sob pressão é a Hapvida, ainda lidando com custos maiores.
Conclusão: o que realmente importa para o investidor agora?
A temporada do 3T25 vem marcada por contrastes: setores em ritmo forte enquanto outros começam a sentir a desaceleração econômica. Nesse sentido, esse cenário cria tanto oportunidades quanto alertas — e acompanhar de perto as empresas mencionadas pode fazer toda a diferença.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
O que é a temporada de balanços do 3T25?
É o período em que as empresas listadas na Bolsa divulgam seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025. Esses números influenciam diretamente os preços das ações.
Quais setores devem ter os melhores resultados?
De acordo com analistas, construção civil, tecnologia, telecomunicações e mineração devem liderar o trimestre.
Quais ações podem surpreender positivamente?
Papéis como Bradesco, BTG Pactual, Vivara, Rede D’Or e Vale estão entre os destaques esperados.
O que deve preocupar o investidor?
Setores como varejo, papel e celulose e algumas empresas expostas à inadimplência tendem a mostrar resultados mais fracos.
Os lucros menores são ruins para a Bolsa?
Nem sempre. A desaceleração pode ajudar a sinalizar cortes de juros — o que costuma impulsionar ações.
Vale a pena acompanhar os resultados?
Sem dúvida! Eles ajudam o investidor a entender tendências, riscos e oportunidades antes do mercado reagir.









