Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news
As taxas do Tesouro Direto abriram esta sexta-feira (28) em alta, com os títulos prefixados e IPCA+ de prazo mais curto batendo as máximas semanais. O movimento acontece em meio à divulgação da taxa de desemprego no Brasil e ao aumento da dívida pública, fatores que seguem no radar dos investidores.
Os prefixados 2028, 2032 e 2035 operam com retornos de 12,81%, 13,30% e 13,43%, respectivamente. Já entre os papéis atrelados à inflação, os Tesouros IPCA+ 2029, 2035, 2045 e 2050 rendem entre 6,80% e 7,77%, todos acima dos níveis registrados na véspera.
Por que os juros subiram hoje?
Dois fatores dominaram o humor do mercado:
1. Dados fiscais preocupantes
O Banco Central informou que a dívida bruta brasileira subiu para 78,6% do PIB em outubro. Mesmo com superávit no mês, o resultado veio abaixo do esperado e reforçou a preocupação com o equilíbrio das contas públicas.
Além disso, entre janeiro e outubro, o setor público acumulou um déficit primário de R$ 46,852 bilhões, o que aumenta a percepção de risco fiscal — e, consequentemente, pressiona as taxas de juros.
2. Desemprego em 5,4%
O IBGE divulgou que a taxa de desemprego caiu para 5,4%, abaixo da projeção de 5,5%. O mercado de trabalho aquecido é visto como um dos principais entraves para o Banco Central iniciar cortes na Selic, que segue em 15% ao ano.
Com a perspectiva de juros elevados por mais tempo, os títulos públicos acabam ajustando seus rendimentos para cima.
E os juros americanos?
Os Treasuries também operam em alta, com o rendimento do título de 10 anos chegando a 4,004%. Os papéis de 20 e 30 anos pagam 4,614% e 4,654%, acompanhando a tendência global de prêmios mais altos.
Juros futuros no Brasil também sobem
Os DIs abriram a sessão acompanhando a maré de alta.
O DI para janeiro de 2028 avançou para 12,835%, enquanto o contrato de 2035 subiu para 13,255%.
O mercado segue digerindo os novos dados econômicos e ajustando apostas para a trajetória dos juros nos próximos meses.
O que isso significa para quem investe no Tesouro Direto?
Em momentos de volatilidade e pressão fiscal, é comum ver disparada nos rendimentos — especialmente em títulos de médio e longo prazos. Para o investidor:
- Títulos com taxas mais altas podem representar oportunidades de trava para quem pensa no longo prazo.
- O risco de marcação a mercado aumenta, exigindo cautela de quem pretende resgatar no curto prazo.
- Papéis IPCA+ ficam mais atrativos para quem busca proteção contra inflação.
Se quiser acompanhar outros movimentos importantes dos mercados, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que as taxas do Tesouro Direto subiram hoje?
Principalmente por causa da alta da dívida pública e da taxa de desemprego mais baixa que o esperado, o que adia cortes na Selic.
Quais títulos bateram máximas semanais?
Os prefixados 2028 e os IPCA+ 2029 atingiram seus maiores níveis desta semana.
A Selic pode cair nos próximos meses?
Com o mercado de trabalho aquecido e a inflação pressionada, o cenário aponta para juros altos por mais tempo.
O que preocupa o mercado fiscalmente?
O déficit acumulado do setor público e a alta da relação dívida/PIB.
Isso impacta os investimentos de renda fixa?
Sim. Juros mais altos elevam os rendimentos de novos títulos, mas podem gerar perdas temporárias na marcação a mercado.
Os Treasuries influenciam o Tesouro Direto?
Sim. Movimentos nos juros americanos afetam a precificação global de risco e ajudam a direcionar os juros locais.









