Os títulos do Tesouro Direto tiveram um ano histórico em 2025, com alguns papéis acumulando rentabilidade de até 33,8%, segundo análise do colunista Silvio Crespo, publicada no UOL. O desempenho chamou atenção porque veio de investimentos considerados conservadores, algo raro fora de períodos de crise ou forte reprecificação.
O dado acende um alerta duplo: quem aproveitou ganhou muito; quem ficou parado perdeu uma das melhores janelas da renda fixa em anos.
Por que os títulos do Tesouro renderam tanto em 2025?
O movimento foi impulsionado por uma combinação poderosa:
- Juros elevados por mais tempo
- Aumento da percepção de risco fiscal
- Alta volatilidade no mercado
- Reprecificação dos títulos longos
Quando os juros sobem forte, os preços dos títulos caem. Quem compra nesse momento e vê os juros estabilizarem ou recuarem ganha com a valorização.
Quais títulos lideraram os ganhos?
Os maiores destaques foram:
- Tesouro IPCA+ com vencimentos longos
- Prefixados longos comprados no pico da taxa
- Títulos marcados a mercado
Esses papéis não pagam tudo mês a mês, mas valorizam fortemente no preço, gerando ganhos expressivos para quem vendeu antes do vencimento.
O que significa “marcação a mercado”?
É o ajuste diário do preço do título conforme:
- Taxas de juros
- Expectativas econômicas
- Risco fiscal e político
Em 2025, a marcação a mercado trabalhou a favor de quem teve estômago. Mas ela também pode virar contra.
Todo investidor conseguiu esse retorno?
Não. E isso é crucial.
Só ganhou até 33,8% quem:
- Comprou no momento certo
- Tinha horizonte claro
- Suportou volatilidade
- Soube a hora de vender
Quem carregou até o vencimento recebe a taxa contratada, não o ganho extraordinário.
Dá para repetir isso em 2026?
Aqui entra o alerta.
Segundo a análise, 2026 não deve repetir o mesmo movimento extremo, porque:
- Parte da reprecificação já aconteceu
- O mercado está mais atento
- O risco segue alto, mas conhecido
Ainda assim, o Tesouro segue competitivo, só que exige mais estratégia.
Quais cuidados o investidor precisa ter agora?
Após um ano excepcional, o maior risco é:
achar que todo Tesouro vai disparar de novo
Em 2026, o investidor precisa:
- Ajustar prazo ao objetivo
- Entender o impacto da marcação a mercado
- Evitar apostas longas sem planejamento
- Diversificar
Renda fixa não é renda sem risco.
O erro clássico depois de um ano bom
Entrar atrasado.
Muitos investidores compram depois da alta, esperando repetição automática. Isso costuma gerar:
- Frustração
- Perdas temporárias
- Decisões emocionais
Mercado não premia atraso.
Tesouro Direto segue relevante?
Sim. Mas muda o papel:
- Menos “bônus inesperado”
- Mais planejamento e disciplina
- Mais foco em proteção e consistência
O Tesouro continua sendo base de carteira, não aposta.
O que 2025 ensinou ao investidor comum?
Que:
- Renda fixa pode surpreender
- Entender juros é essencial
- Paciência gera retorno
- Informação vale dinheiro
Quem estudou, ganhou.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
Quais títulos renderam até 33,8% em 2025?
Principalmente Tesouro IPCA+ e prefixados longos.
Esse ganho é garantido?
Não. Dependeu do momento de compra e venda.
Marcação a mercado é risco?
Sim. Pode gerar ganhos ou perdas no curto prazo.
2026 pode repetir esse retorno?
É improvável no mesmo nível.
Tesouro ainda vale a pena?
Sim, mas com estratégia e foco no prazo.









