Reunião na Coreia do Sul ocorre em meio a tensões comerciais e expectativa por reaproximação entre EUA e China
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o líder chinês Xi Jinping na próxima quinta-feira (30), durante a cúpula da APEC, na Coreia do Sul. O encontro, confirmado pela Casa Branca, marca o primeiro contato presencial entre os dois desde 2019 e reacende esperanças de distensão nas relações bilaterais.
Possível acordo comercial em pauta
A reunião ocorre em meio a um cenário de tensões comerciais agravadas. Como resposta às tarifas impostas por Washington, Pequim suspendeu a compra de soja americana, registrando em setembro a primeira ausência de importação em sete anos, segundo o G1.
Com o anúncio da reunião, o clima diplomático esfriou momentaneamente. A China afirmou que iniciará uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos, visando resolver impasses tarifários e restaurar parte das exportações agrícolas.
Novo plano econômico chinês e estratégia de autossuficiência
O encontro ocorre logo após o Partido Comunista Chinês lançar seu novo plano quinquenal, que busca reduzir a dependência de exportações e ampliar a produção tecnológica doméstica, conforme destacou a Exame.
De acordo com analistas ouvidos pelo portal, o plano demonstra a estratégia de autossuficiência da China e sinaliza uma mudança estrutural para enfrentar futuras sanções americanas. Portanto, o tema deverá estar no centro das conversas entre Trump e Xi.
Diplomacia asiática e encontros paralelos
Durante a viagem à Ásia, Trump também deve participar de reuniões bilaterais com líderes do Japão, Malásia e Brasil. Na Malásia, é esperado um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cúpula da ASEAN, embora a Casa Branca ainda não tenha confirmado a reunião.
Além disso, Trump participará de um jantar com líderes asiáticos e de reuniões privadas com autoridades do setor privado, buscando fortalecer laços econômicos na região.
Relevância global do encontro
Especialistas em comércio internacional avaliam que o diálogo entre Estados Unidos e China pode redefinir fluxos de investimento, tarifas e cadeias produtivas globais. Caso resulte em um entendimento mínimo, o encontro tende a reduzir o risco de novas sanções comerciais e estabilizar o humor dos mercados emergentes.
Ainda assim, a retomada da confiança entre as duas maiores economias do mundo dependerá de avanços concretos nas conversas. Caso contrário, novas barreiras tarifárias e tensões diplomáticas poderão voltar a ameaçar a estabilidade global.









