A União Europeia vive uma reta final decisiva nas negociações com o Mercosul, e o alerta lançado por António Costa, presidente do Conselho Europeu, chamou atenção no continente. Segundo ele, se o bloco não avançar com o acordo comercial, corre o risco de ficar “sozinha no mundo” em um cenário global cada vez mais competitivo.
A fala de Costa veio durante um congresso do Instituto Jacques Delors, em Paris, e enviou um recado direto aos países mais resistentes — especialmente a França, que historicamente se opõe ao tratado por temores ligados ao setor agropecuário.
Por que o acordo Mercosul–UE virou pauta urgente para a Europa?
Costa defendeu que a UE só continuará relevante se mantiver sua força enquanto potência comercial. Para isso, disse ele, o bloco precisa avançar na assinatura de acordos estratégicos — e o tratado com o Mercosul é considerado um dos mais importantes.
Segundo o presidente do Conselho Europeu, a falta de conclusão do pacto coloca a UE em desvantagem num mundo em que grandes economias competem por espaço e influência, sobretudo em países emergentes.
Quais países ainda resistem ao acordo?
A maior resistência continua vindo da França, que teme impactos sobre seus produtores agrícolas. No entanto, garantias apresentadas recentemente por Bruxelas — voltadas principalmente à proteção do agronegócio local — ajudaram a suavizar a posição do presidente Emmanuel Macron.
Essa mudança reacendeu a expectativa do governo brasileiro, que espera que o acordo seja finalmente assinado ainda em dezembro, durante sua presidência pro tempore do bloco sul-americano.
O que o Brasil espera dessa decisão?
Para o Brasil, o acordo representa:
- ampliação de acesso aos mercados europeus;
- fortalecimento de cadeias produtivas;
- aumento da competitividade internacional;
- maior fluxo comercial com parceiros estratégicos.
Com o apoio crescente dentro da UE, o governo brasileiro trabalha para que o tratado avance antes do fim do ano — uma meta política e diplomática considerada prioritária.
Por que Costa fez o alerta agora?
O discurso em Paris foi interpretado como uma pressão direta aos países ainda indecisos. Costa afirmou:
“A UE não existirá no mundo se não for uma potência comercial e não for capaz de estipular acordos.”
A comparação clara com potências como EUA e China reforça a ideia de que o bloco europeu precisa acelerar decisões estratégicas se quiser manter protagonismo global.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que o acordo UE–Mercosul é tão importante?
Porque amplia mercados, fortalece cadeias produtivas e aproxima dois blocos econômicos gigantes, aumentando a influência geopolítica de ambos.
Quem resiste à assinatura do tratado?
Principalmente a França, por temores ligados ao impacto no setor agropecuário.
O Brasil espera assinatura ainda em 2025?
Sim, especialmente durante sua presidência temporária do Mercosul.
O que “ficar sozinha no mundo” significa nesse contexto?
Perder relevância comercial frente a potências que já firmam acordos bilaterais e regionais robustos.
As garantias ao agronegócio europeu mudaram o cenário?
Sim. A posição francesa ficou mais flexível após os ajustes apresentados por Bruxelas.
O acordo pode realmente sair neste mês?
Sim. Com a pressão crescente e apoio renovado, há expectativa real de assinatura.









