A União Europeia decidiu agir nos bastidores para destravar um dos acordos comerciais mais aguardados do mundo. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o bloco europeu reafirmou o compromisso de concluir o acordo com o Mercosul já no início de janeiro, deixando claro que a negociação entrou em fase decisiva.
O documento foi assinado por António Costa, presidente do Conselho Europeu, e por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. O tom é diplomático, mas direto: a UE quer fechar o acordo o quanto antes.
Por que o acordo não foi assinado agora?
A carta reconhece e lamenta que a assinatura não tenha ocorrido durante a cúpula realizada neste sábado, em Foz do Iguaçu. Segundo os europeus, o motivo do adiamento não foi político, mas técnico e burocrático.
De acordo com o texto, ainda faltam procedimentos internos no Conselho da UE para autorizar formalmente a assinatura do acordo. Apesar disso, os líderes garantem que os trabalhos estão sendo acelerados para evitar novos atrasos.
UE deixa recado claro sobre prioridade
Ao mencionar explicitamente o prazo de janeiro, a União Europeia sinaliza que o acordo com o Mercosul é tratado como prioridade estratégica, e não apenas como mais uma negociação comercial.
No texto, o bloco europeu afirma que o tratado representa o alicerce central para aprofundar relações políticas, econômicas e estratégicas entre as duas regiões, em um momento de reorganização do comércio global.
Lula ganha elogios e capital político
Outro ponto relevante da carta é o reconhecimento explícito da atuação do presidente brasileiro. Costa e von der Leyen agradeceram a liderança e o envolvimento pessoal de Lula na condução das negociações.
Esse gesto não é protocolar. Ele reforça a percepção de que o governo brasileiro voltou a ser visto como interlocutor confiável nas mesas de negociação internacionais, algo que pesa no ambiente político e econômico.
Por que esse acordo é tão importante?
O acordo UE-Mercosul envolve um mercado de centenas de milhões de consumidores, redução de tarifas, ampliação do comércio agrícola e industrial e maior integração entre cadeias produtivas.
Para o Brasil, representa acesso ampliado ao mercado europeu, mais previsibilidade para exportadores e fortalecimento do papel do país no comércio internacional. Para a Europa, significa diversificação de fornecedores e aproximação com uma região estratégica em meio às tensões globais.
Janeiro virou o prazo decisivo
Mesmo sem assinatura imediata, o recado europeu foi claro: o acordo não esfriou. Pelo contrário, entrou em contagem regressiva.
Se os trâmites internos forem concluídos como prometido, janeiro pode marcar um dos movimentos diplomáticos e comerciais mais relevantes dos últimos anos para o Brasil e para o Mercosul.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
A UE ainda quer fechar o acordo com o Mercosul?
Sim. A carta reafirma o compromisso de concluir a assinatura em janeiro.
Por que o acordo não foi assinado agora?
Por causa de procedimentos internos pendentes no Conselho da União Europeia.
Quem assinou a carta enviada a Lula?
António Costa e Ursula von der Leyen, líderes das principais instituições da UE.
O adiamento indica crise na negociação?
Não. O texto indica atraso técnico, não ruptura política.
O acordo beneficia o Brasil?
Sim. Ele amplia acesso ao mercado europeu e fortalece exportações.
Janeiro é um prazo definitivo?
É o prazo sinalizado pela UE, mas depende da conclusão dos trâmites internos.









