24.9 C
Nova Iorque
segunda-feira, setembro 29, 2025
spot_img

Vale a pena investir em CDBs de bancos médios? Entenda os riscos e benefícios

Com rentabilidade atraente e proteção do FGC, esses títulos podem ser opção interessante — mas exigem atenção e estratégia.

Nos últimos anos, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de bancos médios têm ganhado espaço nas carteiras de investidores brasileiros. Com promessas de rentabilidade superior aos títulos dos grandes bancos e cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), eles se apresentam como alternativa para quem busca segurança com retornos mais altos. Mas será que vale mesmo a pena?

Na prática, o CDB é um empréstimo que o investidor faz ao banco. Em troca, recebe juros que podem ser prefixados, pós-fixados (geralmente atrelados ao CDI) ou híbridos (CDI + um percentual fixo). Bancos médios e pequenos, com menos liquidez e menos captação espontânea, costumam oferecer percentuais bem mais atrativos — muitas vezes pagando mais de 110% ou até 120% do CDI, contra os 95% ou 100% oferecidos por instituições maiores.

De acordo com levantamento da XP Investimentos citado pelo Estadão, a diferença de rentabilidade entre um CDB de banco médio e um de banco grande pode ultrapassar 20% ao ano em cenários de juros altos. No entanto, é justamente aí que entra o ponto de atenção: o risco de crédito.

Bancos médios são menos sólidos do que os grandes — e, embora a maioria cumpra suas obrigações, o risco de calote existe. É por isso que o investidor deve verificar se o valor aplicado está dentro do limite de cobertura do FGC, que é de R$ 250 mil por CPF por instituição (limitado a R$ 1 milhão no total a cada quatro anos). Em caso de quebra do banco, o fundo garante o ressarcimento.

Outro ponto a considerar é o prazo de carência e liquidez. Muitos CDBs de bancos médios exigem que o investidor deixe o dinheiro aplicado por 2, 3 ou até 5 anos. Resgates antecipados, na maioria das vezes, não são permitidos. Portanto, esses produtos não devem ser confundidos com reserva de emergência.

A recomendação de especialistas, como a planejadora financeira Myrian Lund, em entrevista ao Valor Investe, é diversificar: “Não coloque tudo em um único emissor. Use o benefício da cobertura do FGC a seu favor, dividindo a aplicação em diferentes bancos”.

Em resumo: os CDBs de bancos médios podem, sim, ser uma boa oportunidade para quem busca mais rentabilidade com segurança — desde que usados com critério, planejamento e uma boa leitura do risco envolvido.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.