Lucro sobe 13% no trimestre, mas fraqueza na principal linha de negócios gera alerta entre investidores
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A Telefônica Brasil (Vivo, código VIVT3) reportou lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre de 2025, avanço de 13,3% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o InfoMoney. Apesar do lucro robusto, o resultado chamou atenção do mercado pela queda na receita do segmento móvel, que segue como o principal motor de crescimento da companhia. A reação foi imediata: as ações da Vivo caíram 3% na B3 após a divulgação dos números.
Lucro forte, mas receita em desaceleração
O desempenho positivo foi sustentado pela expansão de serviços digitais e pelo crescimento da base de clientes de fibra óptica (FTTH), área que vem se destacando na estratégia da empresa. Entretanto, a redução da receita móvel — que responde por mais de 60% do faturamento da Vivo — levantou preocupações sobre o ritmo de crescimento do setor de telecomunicações no Brasil.
De acordo com o InfoMoney, a desaceleração está ligada à menor demanda por planos premium e ao avanço de ofertas pré-pagas mais baratas. Esse movimento pressiona margens e dificulta a captura de receitas adicionais, mesmo com a expansão da base total de usuários.
Reação do mercado e próximos passos
Analistas da XP Investimentos e do BTG Pactual consideraram o balanço “positivo em rentabilidade, mas preocupante em crescimento orgânico”. Segundo as casas, a queda da receita móvel exige que a Vivo acelere a diversificação de receitas, especialmente em 5G, serviços financeiros e entretenimento digital, para compensar a desaceleração no core business.
A empresa afirmou que continuará investindo na ampliação da rede de fibra, na oferta de serviços corporativos e na digitalização de canais de atendimento. O objetivo é manter o fluxo de caixa sólido e a geração de dividendos atrativa — um dos diferenciais da Vivo frente a rivais como TIM (TIMS3) e Claro.
Com o recuo de 3% nas ações, os papéis da Vivo encerraram a semana em torno de R$ 41,60, o que representa valor de mercado próximo de R$ 70 bilhões. O desafio, segundo o InfoMoney, será equilibrar rentabilidade e crescimento em um cenário de forte competição e custos operacionais crescentes.









