Resultados positivos de grandes bancos e empresas de tecnologia sustentaram o otimismo, enquanto o dólar perdeu força diante de apostas mais brandas para a política monetária
Os principais índices de Wall Street encerraram o pregão desta quarta-feira (15) em alta, impulsionados por balanços corporativos acima do esperado e por um discurso mais brando do Federal Reserve em relação aos juros. O S&P 500 avançou 0,40%, para 6.671 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,66%, aos 22.670 pontos. Já o Dow Jones recuou levemente 0,04%, a 46.253 pontos, após ajustes pontuais de fim de sessão, segundo a AP News e a Reuters.
Bancos e tecnologia lideram o avanço
Os ganhos foram puxados por resultados robustos de grandes instituições financeiras. Bank of America e Morgan Stanley divulgaram lucros acima das expectativas, animando o setor bancário e contribuindo para o avanço dos índices, conforme destacou a Reuters.
No setor de tecnologia, ações de chips voltaram a se valorizar após o balanço positivo da ASML, que impulsionou papéis como AMD e Micron. O movimento reforçou o apetite por risco, especialmente entre investidores que enxergam potencial de recuperação para as big techs após um trimestre de volatilidade elevada.
Fed sinaliza suavização na política monetária
O otimismo também veio do discurso mais dovish (favorável a flexibilizações) do Federal Reserve, que indicou estar confiante na trajetória de desaceleração da inflação. A perspectiva de cortes de juros ainda em 2025 reanimou o mercado e provocou queda nas taxas dos Treasuries, estimulando compras em ações, segundo a Reuters.
A reação também atingiu o câmbio: o dólar perdeu força frente às principais moedas, em movimento acompanhado pelo real e outras divisas emergentes.
Tensão comercial segue no radar
Apesar do avanço generalizado, investidores continuam atentos ao risco de novas tarifas dos Estados Unidos contra a China, tema que permanece no centro das discussões comerciais, conforme destacou a AP News. O impasse ainda gera incerteza sobre cadeias de suprimento e custos industriais, especialmente no setor de semicondutores.
Próximos pregões: inflação e balanços no foco
O mercado agora aguarda os próximos dados de inflação ao consumidor (CPI) e novos balanços corporativos para confirmar se a tendência de alta se sustenta. Analistas alertam que, apesar do otimismo momentâneo, o cenário global segue sensível a mudanças de tom do Fed e à evolução das tensões geopolíticas.
Com o impulso vindo de bancos e tecnologia, Wall Street inicia o trimestre com viés positivo — mas o ritmo dependerá da continuidade do alívio nos juros e da consistência dos lucros das gigantes americanas.









