Apostas em cortes de juros e força da tecnologia sustentam o rali desta quarta (8/10)
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 8 de outubro de 2025, com tecnologia voltando a liderar. O S&P 500 subiu 0,6% e o Nasdaq Composite avançou 1,1%, ambos em máximas históricas. Já o Dow Jones ficou praticamente estável, com leve queda de 1,20 ponto, segundo a AP News. Assim, o mercado renovou o ciclo positivo e reforçou o apetite por risco.
Big techs puxam o rali e mantêm a tração
A sessão ganhou fôlego com Nvidia, AMD e Dell, que reagiram ao otimismo com a Inteligência Artificial e à demanda firme por semicondutores. De acordo com a própria AP News, investidores seguem apostando em ganhos de produtividade e em margens resilientes no ecossistema de IA. Além disso, empresas de nuvem e cibersegurança caminharam na mesma direção e, portanto, consolidaram o Nasdaq como motor do pregão. Desse modo, a tese de tecnologia continuou dominante.
Juros no radar e ouro renova recorde acima de US$ 4.000
Enquanto isso, as mesas monitoraram as atas do Federal Reserve, foco de quinta (9), em busca de sinais sobre o ritmo de cortes de juros até o fim do ano. O pano de fundo global permaneceu favorável a ativos de risco, embora a cautela persista. Em paralelo, o ouro superou US$ 4.000 por onça e marcou recorde histórico, movimento ligado ao shutdown nos EUA e à busca por proteção, conforme a Bloomberg. Além disso, um panorama internacional de juros em queda também sustentou o apetite por metais, como detalhou a Reuters.
Energia e bancos ficam para trás; tecnologia compensa
Nem todos acompanharam o rali. Energia e bancos cederam com a oscilação do petróleo e um dólar mais firme, o que pressionou margens e limitou ganhos setoriais. Contudo, a força de tecnologia compensou as perdas e manteve o saldo do dia no azul. Assim, o pregão preservou a tendência de concentração de fluxos em empresas de crescimento. Segundo a Investopedia, essa dinâmica vem se repetindo à medida que o mercado volta a precificar cortes adicionais do Fed.
O que acompanhar nos próximos pregões
Daqui para frente, o foco recai nas atas do Fed e nos discursos de dirigentes. Se o tom vier mais dovish, o rali pode ganhar intensidade e, portanto, sustentar novas máximas nos índices. Por outro lado, qualquer sinal de cautela sobre inflação ou mercado de trabalho pode esfriar as apostas e, consequentemente, abrir espaço para realizações de lucro em tecnologia. Além disso, o movimento do ouro acima de US$ 4.000 seguirá como termômetro do apetite por proteção.
Efeito para o Brasil: correlação direta com apetite ao risco
Por fim, o fechamento forte nos EUA tende a respingar no Ibovespa. Em geral, sessões positivas em Wall Street ampliam o apetite por exportadoras e techs locais, além de aliviar prêmios na curva de juros. Ainda assim, o investidor brasileiro deve acompanhar o noticiário fiscal doméstico, porque ruídos internos podem neutralizar o vento favorável do exterior — especialmente em semanas de agenda carregada.